Se você tem problemas com o cheque especial, o mês é maior que o salário, está dando nó em pingo d’água, ou seja, faz parte da ninguenzada que trabalha para sobreviver, é um homem/mulher sem rosto, não pode nem mais seguir o conselho do grande Solda para rir, porque senão não tem graça. Não dá nem para rir para não chorar. A frase do grande Mencken alertando que “a democracia é a arte e a ciência de administrar o circo a partir da jaula dos macacos”, no caso do nosso Bananão, é um desrespeito aos maravilhosos macacos. Não, aos reacionários de plantão, aqueles com viseiras onde fazem questão de escrever “sou de direita” ou “sou de esquerda”, aqui não se refere a isto que está aí que se chama governo, porque os anteriores e os que querem voltar apenas diferem no comportamento externo, no engana trouxa, ou seja, uns parecem civilizados, outros bárbaros, mas todos se locupletaram ou se locupletam porque desde 1500 o que se faz nessa terra é saquear e explorar porque o povo é ordeiro, não há terremotos ou furacões e a fonte natural e do trabalho escravo é inesgotável. A diferença é que hoje, enquanto a maioria conta moedas para chegar ao trabalho e a classe média, esse estrato da sociedade que poderia ser classificada como a maria vai com as outras do que é moda ditada pela tv e pela grande imprensa que perdeu de vez o caráter, essa classe média que se contenta em morar em cubículos de três quartos com o carrinho novinho a ser pagos em 36 prestações para ficar parado no trânsito, mas ouvindo o breganejo de sucesso no momento, esses começam a saber como funciona no andar de cima, como são azeitadas as relações e qual o tamanho do ralo do dinheiro que todo mundo paga com impostos. Isso, sempre aconteceu, mas uma casquinha da ferida foi arrancada e o pus é esse aí que é jogado na cara de todo mundo e, talvez por isso, não se sabe o que fazer, enquanto os de sempre ficam em Brasília se digladiando para ver quem toma conta da chave do grande cofre. Madame batendo panela em apartamento de cobertura de bairro nobre também é digno de escárnio. A turma do andar de cima deste país, com as raríssimas exceções, é inclassificável. Preconceituosa, burra que se acha inteligente, não conhece o próprio país, melhor, não sabe como é o subúrbio da cidade onde mora, mas vomita falação sobre os melhores lugares que conhece para compras em Miami, Nova York ou Paris. Ao mesmo tempo age como o nhonhô do tempo da escravatura quando a escrava que tem em casa pede um vale ou ser registrada em carteira. Onde já se viu? Não há mais esgarçamento do tal tecido social, como falam os acadêmicos, muitos com empregos públicos e aposentadoria com salário integral garantido até o fim dos tempos e que se escondem nos mausoléus da inutilidade denominadas universidades. Há uma anarquia generalizada no pior sentido da palavra e nem um salvador messiânico se pode ver na balbúrdia para colocar uma pouco de ordem na coisa, como acontecia tempos atrás. Há uma possibilidade de que tudo isso sirva como depurador, como uma saída, algo como jogar sal em lesma exposta ao sol, e que daí surja um país um pouco mais humano. Mas, como disse o filósofo gaúcho Fraga, melhor é manter os dois pés atrás. Ele alerta: “Você acha que já viu tudo em matéria de crime hediondo? Melhor não subestimar nossos criminosos”.
É incrível como a situação econômica do país piorou rapidamente, antes eu conseguia atravessar o mês com uma certa tranquilidade, hoje é impossível. O pior é ouvir políticos como a senadora Gleisi afirmar que não existe crise.
O PT, o Governo está se engolindo nas próprias atitudes, muitas enganações, mentiras e o povo ainda alguns acreditam no papo dos governantes.
Do lado da Presidente, influenciada atualmente pelo isolamento politico procurou se abrigar juntos com a fina flor do senado, como por exemplo Renan Calheiros e Collor.
Esta aliança subjetiva só pode dar coisa ruim, pois enquanto presidente o Collor com uma crise na economia tomou uma atitude que até hoje tem reflexos, confiscou ativos e inclusive a poupança de milhões de brasileiros com a Zelia Cardozo, lembram. Então quando se fala em Collor com influência no governo, salvo as broncas da Petrobrás que ele tem, boa coisa não pode sair daí coisa boa. Isso tudo ainda tem um agravante o Renan que pulou de galho em galho em diversos governos e aí tem gente que ainda fala em ideologia.
Da parte do povo as pressões e movimentos são válidos, mas alguns deles inócuos e outros até fora de propósitos como esses que estão fazendo no Paraná contra o subsídio de vereadores. Não que a população não tenha o direito de assim proceder, até acho que pode e deve, mas uma dúvida fica no ar. Por que com os vereadores e não com Deputados, Senadores, Conselheiros do |Tribunais de Contas, Magistrados, juízes superiores, enfim geral.
Se a população fosse em cima dos ministros do STF , como exemplo, que atualmente estão a negociar um aumentozinho para quase 40 mil por mês? Quanto ganha um ministro? Senador? Deputados? e outros? Não sei se essa atitude da população que fez pressão contra os vereadores está no caminho certo, a não ser que seja um ensaio para outros mais expressivos e de maior intensidade e valor.
Que triste, .. não vejo solução a curto prazo para nosso país…