por Mané Galo, da Ilha do Chapéu, na Baía de Guaratuba
Já disse um sábio que não conheço e nem sei o nome que a vida é cheia de mistérios e uma escola permanente. De fato, a gente vai envelhecendo e aprendendo cada vez mais. Quando jovem, em plena atividade, você assiste televisão por algumas horas à noite ou até antes de sair de casa. Não dá tempo para fazer observações, avaliações sobre o que está acontecendo na telinha. Mas quando se aposenta e fica a maior parte do tempo dividido entre leituras e TV, verifica que houve grande queda na qualidade. Programação ruim, repetitiva, jornalismo na maior parte comprometido com o poder, novelas com temas ridículos ou cópias de filmes ingleses e americanos, reportagens longas e cansativas, apresentadoras que teimam em tentar parecer comentaristas, coisa que não são, e que acabam lembrando o Conselheiro Acácio, aquele que só falava o óbvio. Isso tudo na TV aberta. Na TV paga a coisa piora. Os filmes são reprisados quase todos os dias – e o mesmo acontece com outros tipos de programas. Ainda bem que tem uma livraria perto da praia que vende boas edições a preços bem confortáveis. E a Internet com alguns blogs onde é possível saber das coisas e ler comentários inteligentes.
Puxa vida, as coisas andaram melhorando em Guaratuba, quando ainda teimava em ter casa lá a cidade mal tinha uma biblioteca pública, se é que aquilo pudesse ser chamado de tal. Nada como uma década depois da outra.