No dia 3 de junho o presidente e a tesoureira da APP-Sindicato posaram para foto ao lado de deputados da base do governo depois do acordo firmado a respeito da proposta que se transformou em novo projeto do Executivo para o aumento do funcionalismo público. Houve uma assembleia geral, a proposta foi aceita, a greve dos educadores acabou, os alunos finalmente voltaram às salas de aula, mas nesta semana continuou a muvuca com os sindicalistas fazendo coro ao trololó dos deputados de oposição que deliraram com a emenda que rasgava o que foi acordado e pedia reposição integral de 8,17% de uma só vez. O que significa isso? Depois da propaganda enganosa em que agradeceu o apoio de pais, mães e alunos pelo apoio à greve de mais de 70 dias, o sindicato vem com outra ao justificar a presença de representantes no Legislativo para apoiar a invenção dos deputados que jogam para a torcida: “…mesmo que a greve tenha acabado, a luta por uma educação de qualidade permanece firme e forte no Paraná”, está escrito no site da entidade. Parece o samba do crioulo doido, porque até agora ninguém explicou como alunos sem aulas e cabo de força para conseguir mais capilé no final do mês vai melhorar o ensino – que é péssimo, por culpa do governo, por falta de estrutura, mas também pela qualidade destes representantes da pátria educadora.
Neste estória ganharam todos, os deputados que saíram como conciliadores, amigos da professorada, a APT/Sindicato e sua amassa de manobra, a professorada obediente feito carneiro. Quem perdeu foi o perdedor de sempre, a sociedade. E os alunos em particular. Só os anos vão dizer quanto perdemos com esta greve.