por Zé da Silva
Capricórnio
as rosas estavam cercadas por bosta de cachorro defecadas como se fossem minas explosivas estrategicamente colocadas no jardim para proteção dos dois pés da janela da sala ele viu isso mas a explosão das pétalas cor de rosa e branca era tão forte naquela luminosa manhã que ele foi enfrentar o desafio de vê-las de perto e cheirá-las porque cartola cantou mas elas falam sim levando para outra dimensão longe dali dos carros passando na rua do barulho das pessoas do sufoco da pressão que coisa mais linda o desenho efêmero das pétalas e que vontade de comê-las para que toda beleza lavasse a alma purificasse o corpo mas ele não fez isso e voltou saltando as minas de merda do cachorro que agora o olhava de dentro da sala talvez torcendo para que ele pisasse numa daquelas produções para esquecer as rosas do jardim.
Puzt! Que fedor!
Oh ZÉ, MENAS.
cuma?