O empresário Luiz Abi Antoun se entregou ontem à noite na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina. A prisão dele tinha sido decretada na quarta-feira (10) na segunda fase da Operação Publicano. Ficou um dia foragido. Ele é acusado de ser um dos cabeças do esquema de corrupção na Receita Estadual que atuava para recebimento de pagamento de propinas sob a condição de não autuar empresas que sonegavam impostos. Abi, que é parente distante do governador Beto Richa e sempre foi apontado como uma espécie de eminência parda do governo, já tinha sido preso durante a Operação Valdemort, do mesmo Gaeco, que descobriu um esquema de fraude para contratação de uma oficina mecânica que prestava serviços a veículos do governo do Paraná. Ele foi liberado através de um habeas corpus. Agora Abi teve a prisão decretada junto com outras 58 pessoas, a maioria formada por funcionários da Receita Estadual, órgão da Secretaria da Fazenda.