Do blog Cabeça de Pedra
Eu vejo meus amigos por aí, quando menos espero. Eles aparecem até em forma de nuvens, como aconteceu naquela estrada onde até parei o carro no acostamento para matar saudade. Era o menino com quem trabalhei e aprendi a gostar porque ele fazia parte do meu universo como o ar que respiramos. Foi embora cedo, seis meses depois de aparecer a doença – e bem no dia em que andei de Maria Fumaça e viajei para o passado. Quando voltei ao presente recebi a notícia e chorei muito. O outro, um pouco mais velho, que encantou tempos depois por causa da mesma doença, vi outro dia descendo de um ônibus na rodoviária, enquanto esperava a filha. Ele passou bem pertinho de mim, tinha outro nome, outra história de vida, mas era aquele com quem dividi cultura e aprendi um pouco a escrever, mesmo porque sofríamos o mesmo tormento para começar um texto nas velha máquinas. Também o vi numa praça apinhada de gente num dia de sol escaldante – e ele olhou pra mim e esboçou um sorriso, tímido que era. Meus amigos aparecem, sinto saudade e também vontade de viver mais um pouco – até para novos encontros com Julio e Pedro.
🙁 🙁 🙁
sei quem são…
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Mesmo com tantos desencontros.
A vida.
Ah! Vida.
Lindo, Zé.
Um beijo,
Paulinha