O trololó sobre o reajuste do funcionalismo se resume no seguinte: o governador Beto Richa mandou a mensagem com a proposta do aumento; os servidores, capitaneados pela APP-Sindicato, que comanda a greve dos professores, recusaram a proposta – e os deputados da base governista tentaram um meio termo para não desagradar nem gregos nem baianos. Os alunos continuam sem aula, o presidente da Assembleia Legislativa diz que não coloca a mensagem para votação sem um consenso – que dificilmente haverá. Deveria jogar o jogo e por em votação a proposta que lá está. Se não for aprovada, não há aumento e a novela continua. Se os deputados aprovarem, a bola fica exclusivamente com os servidores, que podem até entrar em greve geral, como já ameaçaram.
As partes envolvidas estão nem aí, um porque deu o que diz que poderia dar. A outra porque diz que não gostou do que lhe foi oferecido, quer muito mais. E a terceira parte, a que realmente poderia fazer a diferença, tira férias e sobe em cima do muro. Não estou dizendo que todos os que estão aboletados em cima do muro sejam tucanos. Aí ficamos como estamos, alguns com nariz de palhaço, e outros fazendo aquela cara de enganados. E a vida segue.