O advogado e jurista Luiz Edson Fachin, que vai ocupar a vaga de Joaquim Barbosa como ministro do Supremo Tribunal Federal, não pode ser questionado quanto à sua capacidade profissional e intelectual. Isso é uma coisa. A outra é que, ao conseguir chegar à indicação, depois de várias tentativas, ele entrou no meio de uma guerra política entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente Dilma. Foi aprovado na CCJ e recebeu os votos necessário dos senadores porque o governo colocou toda a máquina para isso (e o apoio dos paranaenses juntou gregos e baianos), criou uma engrenagem de marketing para aparar os tiros em sua direção e, mais que isso, mostrou na sabatina que seguiu a estratégia de Lula da Silva para ser eleito presidente pela primeira vez, ou seja, disse que disse, mas que não era bem isso, principalmente nos casos de invasão de propriedade privada, poligamia, cabalagem de votos para Dilma Rousseff e suspeita de exercício da profissão ao arrepio da lei. Resumindo: para chegar lá, Fachin também foi paz e amor.