12:43O teatro grotesco na UFPR

Do enviado especial 

A veneranda Universidade Federal do Paraná viveu cenas patéticas no último dia 8 durante o “julgamento” de Beto Richa pelo confronto entre a PM e professores no fim de abril. O “julgamento”, apropriadamente encenado no Teatro da Reitoria UFPR, foi uma encenação armada para condenar o governo do Paraná sem qualquer espaço para o contraditório. Enquanto um grupo de juristas notáveis proferia condenações bíblicas ao governador e eram delirantemente aplaudidos pelos alunos e militantes presentes, uma solitária tentativa do advogado Arnaldo Busato de colocar os argumentos do governo em discussão foi recebida com hostilidade, vaias e pessoas que se viraram de costas para o orador. Julgamentos pelos ordálios medievais, os da inquisição e dos processos de Moscou davam chances semelhantes aos acusados, com os resultados conhecidos. Lamentável que estudantes de Direito, que deveriam estar sendo ensinados sobre a necessidade de se promover julgamentos equilibrados e com espaço para a defesa, tenham participado alegremente desse teatro grotesco. Ainda mais conduzidos por professores que não se cansam de se apresentar como “vítimas do arbítrio” e “heróis da resistência” à ditadura militar.

11 ideias sobre “O teatro grotesco na UFPR

  1. Matusalem

    Coitados daqueles que no futuro contratarem os “causídicos” que promoveram essa farsa! Aliás nossas Universidades só produzem – com algumas exceções – profissionais de segunda linha! Experimente propor avaliação de desempenho pra essa gente!

  2. leandro

    Provavelmente muitos desses alunos e alguns professores que lá estavam tiveram aulas com o Professor Fachin que foi indicado pela Presidente Dilma ao STF. Se este é o padrão ensinado de sequer ouvir a parte contraditória já podemos imaginar como será no STF. Este comportamento é o mesmo que os “mestres professores” tiveram por ocasião da invasão da Assembleia e fatalmente teriam feito pior na segunda tentativa no dia 29 de abril. Acredito que a própria OAB que tem vários advogados constituídos por acusados na operação lava jato não aceitariam um comportamento desses e nem podem ter aprovado o fato feito pela maioria de estudantes de Direito, ou sertiam eles aprendizes de revoltados .

  3. Wagner

    Universidade Federal hoje em dia é um lugar que se tem aversão pela democracia. Esses estudantes são mantidos com nossos impostos, para agirem como se estivessem vendo uma partida de futebol. O pior são os “mestres” que são os primeiros a dar os péssimos exemplos.

  4. Vão trabalhar

    O professor Luiz Facchin era o observador ou apenas orientador de uma turma?
    Ele estava interessado em apenas ter o voto ou considerar aprovado seu intento?
    E assim caminha a universidade – para o fim do mundo.

  5. Sergio Silvestre

    Então vamos fechar para balanço se todos que se formam numa universidade no curso de Direito são da forma como comentou os dois de cima,o Dr Moro,Fachin ,Gilmar Mendes,Teori etc são todos da mesma Linha?Vamos abrir as prisões e soltar os presos e prender estes outros ai que nos estão induzindo a erro.

  6. Pensador...

    Ate fiquei com vontade de presenciar aquele circo, mas como ja sabia de antemão o enredo achei melhor fazer outra coisa…
    Por outro lado, em razão de conhecer muito bem o setor de humanas da UFFPR fico imaginando os personagens que por la devem ter passado..Por exemplo as tiazonas militantes do curso de pedagogia, bem como, os alunos e professores de ciências sócias com seus cachecóis parecendo personagens da mafalda de quino…ou ainda, os alunos do curso de direito pensando que são representantes do divino….

  7. jose

    Prezado Sergio Silvestre, o que devemos discutir é sobre o direito do contraditório.
    Aqui mesmo você é um exemplo disso, mesmo com toda a sua posição de torcedor daquilo que você chama de esquerda em nenhum momento alguém sugeriu que seu sagrado direito de se manifestar seja desrespeitado.

    Imagina você se o que ocorreu na UFPR virar prática, onde vamos parar? Resposta simples: numa ditadura!

    Podemos concordar ou discordar das opiniões dos outros, mas por mais estranhas que nos pareçam temos a obrigação de respeitar o direito de se manifestar.

    Se não for assim, não é democracia.

    É a intolerância vencendo novamente e levando para um regime de exceção e isto sabemso que não queremos não é verdade?

  8. Professor Xavier

    José não perca o seu tempo, contraditório é palavra que não faz parte do dicionário do SS, para ele todo mundo tem que ser pestista, ou fã do senador maluco. Mas vamos fazer o quê, se a reitoria da nossa centenária Universidade não se importa que os alunos de Direito não aprendam o significado do contraditório, o problema é deles. E dela também, porque estará formando maus advogados. O Direito sempre se baseou no contraditório para se estabelecer a verdade, e não havendo contraditório …

  9. Paulo

    Vejam o vídeo no yt da TV da UFPR.

    Também foi temerária e desrespeitosa a postura do governador e da Casa Civil. Disseram que não iriam, mandaram uma mensagem super atrasada e depois, mais atrasado ainda, um advogado disse que representaria a “pessoa física” do Richa, depois a CC ficou enrolando a confirmação da participação.

    Sabe serviço de amadores?! Pois bem…isso!

    O Paraná tem tanta gente sagaz e profissional…como pode o cara se cercar de incompetentes!

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  11. toledo

    Fiquei satisfeito com o Texto da Barbara Gancia. Ela nunca usaria duas muletas, só a da direita com certeza, mas escreveu grandes verdades. É lamentável assistir os Curitibocas que votaram em peso no Piá de Prédio, ainda ficar encontrando motivos para defende-lo. Impagável ver na TV Senado, o Senador Botox Dias, ter que ouvir com a feliz cara de nádegas o Caiado falando e mais, ao lado do Aloísio Ferreira, o Senador do Povo, não sei qual Povo que ainda vota naquela espécime. Isso sim é contraditório. Aliás o Moro é uma contradição e não deixa nem o Luz Baixa ser contraditório. Assista no Youtube o Serveró botando ele no canto, aquilo sim é contraditório. Silvestre, tenha calma, eles sabem o que dizem, sim.

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