No final do mês passado houve uma grande manifestação de professores e servidores públicos estaduais pelas ruas do Centro de Curitiba. Parece que isso aconteceu há muito tempo. Essa é sempre a aposta de quem á alvo dos protestos – o esquecimento rápido da situação limite. No caso do que aconteceu no Paraná, o protesto era a sequência de uma série que resultou no recuo do governo em ações que queria implementar e que encontrou uma forte resistência, mesmo porque havia uma greve que terminou com saldo positivo para os servidores. No caso de ontem, ninguém sabe qual será a atitude do governo, apesar de ter demonstrado a capacidade de enviar dois ministros para desenvolver a capacidade da enrolação explícita com verniz de seriedade. O alvo das manifestações, a presidente Dilma Rousseff, ficou entocada no Palácio da Alvorada. O que vai acontecer daqui pra frente depende de que atitudes vai tomar. Se continuar assim, provavelmente o que aconteceu ontem não seja esquecido e, alimentado por mais notícias escabrosas da operação Lava Jato (hoje vai ter novidade, segundo o Ministério Público Federal), a tendência é que engrosse o coro das ruas numa sequência que ninguém sabe ao certo que fim terá. A conferir.