Parabéns aos nobres conselheiros e auditores do Tribunal de Contas do Paraná e aos diligentes procuradores do MPjTC. Para chegar à conclusão de que merecem o auxílio-moradia, este penduricalho salarial que, repita-se, é um tapa na cara da ninguenzada que paga a conta, devem ter se perguntado, como aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo, ao constatar que as sumidades do Tribunal de Justiça e do Ministério Público já se fizeram esse favor: “E por que não fazê-lo?” A chamada Corte de Contas escolheu a hora perfeita para isso, quando o governo do Estado diz que a crise é grave e conta moedas no cofre e o funcionalismo público grita, berra, invade, enfrenta a polícia, para não ter benefícios cortados e receber o salário que todos estes que vão levar os quase cinco mil para debaixo de seus tetos sabem quanto é, ou seja, uma merreca. Fizeram bem feito, como os outros, porque demonstraram não estar nem aí para o que acham ou deixam de achar os que não são tão importantes como eles, os que não usam capas pretas, os que não estudaram tanto para chegar lá, seja o que isto for. Como chegaram, nessa hora demonstram bem o que fazem – para si mesmos.