Com chiadeira, sem chiadeira, o pacotaço enviado pelo governo do Paraná será aprovado – muito provavelmente hoje, porque aí vem o carnaval, esquindô, esquindô, e na teoria de quem o embrulhou e os que vão despachá-lo, enquanto os tamborins esquentam a coisa esfria para o lado deles. Claro que há controvérsias, mesmo porque ontem já foi deflagrada a greve em todas as universidades estaduais e mais paralisações dos servidores públicos devem vir por aí. Só que dentro do governo também tem gente descontente. Não pelas medidas anunciadas, mas sim porque o Palácio Iguaçu cedeu em alguns pontos na negociação com deputados estaduais (entre outras coisas, não foi suspenso o quinquênio e anuênio, que assegura reajustes automáticos a todo o funcionalismo, mantiveram-se benefícios como auxílio transporte para servidores do magistério que estejam afastados do trabalho e o direito a licenças e foi mantido o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para promoção e progressões), e mesmo assim deu no que deu. A tese é a de que a reação seria a mesma e a retirada destes itens embaçou o plano drástico de economia que foi encomendado por conta da situação mais do que crítica. E durma-se com um barulho desses!
Mesmo com os comentários do Silvestre e do Toledo, ainda digo que tudo que foi retirado do “pacotaço” não teria influência alguma aos servidores e assim dá para concluir que eram medidas colocadas na mensagem do governo para serem excluídas mesmo, como moeda de negociação com os deputados e principalmente com os funcionários liderado no início pelo professores. O que pega mesmo e aí sim os funcionários de maneira geral tem que ter a cabeça quente é a questão da unificação dos fundos, o previdenciário e o financeiro. Não adianta o secretário baiano dizer que isso atingirá só os futuros funcionários, pois atingira no futuro sim os atuais aposentados. Com a quebra do fundo financeiro alguém se ilude que o estado irá cumprir com o pagamento tanto das atuais aposentadorias como das futuras? Claro que não e isso poderá ser a curto prazo uma vez que hoje o governo está com dificuldades de pagas a folha de fevereiro. Como será daqui a um ano? Ninguém sabe. Se pensarmos que atualmente o governo tem essa dificuldade e também falha com sua parcela de contribuição patronal ao Paraná Previdência , mas isso já de outras gestões , principalmente a anterior a do Beto Richa. Então mesmo com os imbecis comentários dos dois petistas que não olham o próprio rabo e as ações de seu partido e de seus governantes, posso de maneira tranquila fazer esse comentário.