Do Portal dos Jornalistas
Cerca de 20 profissionais foram demitidos da redação de O Globo esta semana. Extraoficialmente, fala-se em mais de 140 demissões em todos os setores da Infoglobo.
Na lista dos dispensados da redação estão profissionais consagrados como os colunistas Artur Xexéo (Cultura) eAgostinho Vieira (Meio Ambiente). Em sua página nofacebook, Vieira demonstrou surpresa com a notícia: “Estou de férias fora do País e soube pelo FB que minha coluna não será mais publicada no Globo. É a mídia digital, mais uma vez, chegando na frente. A confirmação do mundo analógico veio há poucos minutos por e-mail. Agradeço a quem se preocupou comigo antes mesmo de eu saber. Minha solidariedade com os cerca de 100 excelentes profissionais que estão deixando a empresa. Vida que segue. Abrs”.
Também deixaram o jornal Fernanda Escóssia (País), Angelina Nunes (Rio) e Jorge Antônio Barros (blog Repórter de Crime).
Na área automotiva, foi extinto o caderno Carro etc. O editor Jason Vogel segue no jornal como repórter de Economia, o editor-assistente Roberto Dutra continua no Extra Motor (do Extra) e os repórteres Fernando Miragaya e Marcelo Cosentino saíram.
No Esporte, Jorge Luiz Rodrigues não foi demitido, mas saiu pouco antes dos cortes por conta de um convite do SporTV, onde já começou como chefe de Produção do Jornalismo. Marcos Penido se aposentou, conforme pretendia desde o semestre passado.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro publicou nota em que repudia as demissões promovidas pela Infoglobo. Segundo a entidade, “a empresa negou que esteja em crise e tratou as demissões como uma ‘medida de otimização após a revisão de dos processos da empresa’. Essa revisão, ainda segundo a Infoglobo, ‘constatou que havia diferentes unidades produzindo o mesmo tipo de trabalho’ e a necessidade de ‘um modelo de convergência’. A explicação, fria, vaga e tecnicista, só demonstra o lamentável descaso da Infoglobo com profissionais que dedicaram anos de sua vida ao sustento e ao crescimento do jornal. Indignada, a nossa diretoria cobrará mais explicações da empresa em reunião marcada para o início da semana que vem”.
Sobre as demissões, o Jornal GGN, de Luís Nassif, reproduziu análise publicada no cariocaConexão Jornalismo, que associa as demissões em Infoglobo ao processo milionário que o Grupo vem enfrentando na Justiça do Trabalho.
“O Grupo responde a um processo judicial por conta da demissão de jornalistas e outros profissionais que estão prestes a completar 60 anos. A medida de caráter empresarial, que visa reduzir despesas, foi durante três anos alvo de investigação do Ministério Público do Trabalho. […] Durante três anos a procuradora do Trabalho, Luciana Tostes, constatou que o comportamento da empresa feriria princípios que deveriam proteger o trabalhador e o idoso. Como o Infoglobo não concordou em rever o modelo de gestão considerado discriminatório contra a pessoa idosa, o MP acabou por encaminhar, em junho de 2013, pedido de ação civil pública à 24ª Vara do Trabalho. A ação foi registrada sob o número 0010309-05.2013.5.01.0024. Nela, Luciana Tostes pede multa de R$ 5 milhões à empresa e que a editora deixe de dispensar empregados em virtude, unicamente, de sua idade”, diz o texto. O que se especula é que a tal “expulsória” estaria sendo antecipada na tentativa de evitar problemas futuros.
Isso é reflexo da perda de audiência que a cada dia se acentua.Talvez a natureza se encarregue de fazer sozinha a regulamentação de mídias.
Essa rede prejudicou moralmente uma faixa jovem da população que não tem mais retorno,como apologia ao homossexualismo e a degradação de famílias copiando os triângulos amorosos das novelas.
Acho que ela está indo para o lugar que merece,ali encostada na audiência das outras redes.
A coisa promete, está subindo do chão das fábricas para chegar às chefias. Quem ganha muito, produz pouco hoje se sente inseguro. Será que a tal “marolinha” finalmente chegou às nossas praias? A coisa promete.