Não funciona assim. Ontem foi comemorado o Dia do Servidor Público. Hoje começa aquela novela sobre o pagamento do décimo terceiro da classe. O governo do Paraná anda no limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, às vezes acima ou perto dos 46,55% da receita corrente líquida para manter a chamada máquina em funcionamento. Muitos estados ultrapassam esse limite. A herança de administrações anteriores é a desculpa preferida para o aperto, mas o inchaço de cargos comissionados implode essa lorota. Nos dois casos há um excesso de inoperância paga com o dinheiro do contribuinte. Os funcionários de carreira porque têm estabilidade e se acomodam. Os comissionados porque são apadrinhados e, às vezes, nem sabem onde fica a repartição onde deveriam trabalhar. Sim, há muitas exceções, mas estes exemplos citados implodem a reputação dos que funcionam – além de contribuírem muito para o problema do caixa. E todos têm direito ao décimo terceiro. Um problema resolvido com remendos, adiantamentos de receita do ICMS, etc. No ano seguinte o drama se repete.
Zé, na gestão passada o meu chefe de serviço ganhou um “estagiário” para lhe ajudar a levar documentos lá e acolá. Ele, costa frias; o outro, tanto costa quente que ganhava 15 vezes mais o salário do primeiro.
Falar em servidor público motivado com esta situação é falar em cavalgar porcos voadores…
Todo ano o trololó é o mesmo, quando será que este tipo de conversa fiada vai acabar? Nunca, porque enquanto houverem Governos haverão incompetências. E ainda tem Sindicato falando em que precisamos garantir o mais do mesmo para sempre, nada de Estado Mínimo, o que importa é garantirmos o nosso. O povo, ora o povo, este está para garantir o nosso “décimo”, o resto que se lasque.