Do analista dos Planaltos
Na segunda-feira, 6, em um longo monólogo na internet que, com a costumeira impropriedade, denominou “entrevista coletiva”, Requião anunciou que iria assumir o comando da campanha de Dilma Rousseff no Paraná e conduzi-la à vitória. O anúncio-oferta não encontrou o eco pretendido nas fileiras do PT, a ponto de um Requião ofendido anunciar no dia seguinte que: “Amanhã [terça, 7] desmobilizo comitês e coordenações falta de interesse da coordenação Dilmista”.
Por que motivo o PT estaria esnobando a oferta de um aliado que obteve 27% dos votos no Paraná? A resposta é o temor de que Requião provoque uma espécie de “efeito bala de prata” na campanha de Dilma. Ou seja, agregar a própria rejeição altíssima (27%, segundo o Ibope) aos 36% de Dilma (também segundo o Ibope) consolidando e piorando o desastre registrado no primeiro turno, quando a presidente obteve 32,54% dos votos contra 49,8% dos votos paranaenses.
Na campanha da Dilma estou por convicção. Amanhã desmobilizo comitês e coordenações por falta de interesse da coordenação Dilmista.
O PT do Paraná não precisa desse encosto.
Paulo Bernardo assume a coordenação do 2 turno de Dilma no Paraná e garante que não fará menos que 14% de votos. Agora vai…
Escolher o Bob como coordenador de qualquer coisa é o mesmo que agarrar pau na enchente. Ninguém sabe onde vai parar….
Nada disso. Bala de prata é um objeto mortal para matar lobisomem, é este o motivo.
Essa é uma bananeira que já deu cacho. Terminará seu mandato e se o Todo Poderoso não tiver outra programação para ele, voltará para casa, de onde irá disparar tuítes indicativos de sua inexorável senilidade.
Ninguem mais que saber do Requião, não é apenas a questão da rejeição como foi colocado no artigo do site, mas também e principalmente que é impossível prever o que ele vai fazer, é capaz de tudo e aí as pessoas ficam com medo dos atos dele. Esta é a verdade, o Requião é tão genioso que ninguém mais tem coragem de ficar do lado dele com medo da bomba que pode surgir. Enquanto ele tinha voto, as pessoas eram obrigadas a aturar, hoje em dia, a situação é outra
Ao se recusar a entregar o comando da campanha de Dilma para o demente, o PT deu o primeiro sinal de sanidade no Paraná nestas eleições.
O Requião é o homem certo para comandar a virada de Dilma no Paraná. Se o Aécio ameaçar a presidenta ele dispara uma bala de prata.
Em relação à coordenação da campanha de Dilma no Paraná, ainda há luta pelo comando. Parte dos petistas trava queda de braço com o senador Roberto Requião (PMDB), que na eleição do domingo obteve 27,56% dos votos.
“Só vamos entrar na campanha se assumirmos a coordenação, afinal temos mais votos no Paraná”, disse Requião Filho, que se retirou da reunião logo no início.
O deputado federal reeleito João Arruda, sobrinho de Requião, confirmou a posição do primo: “Assumimos a coordenação-geral, mas podemos abrir alguns setores para o PT e partidos aliados”, adiantou. “Caso contrário, vamos votar na Dilma, mas não faremos campanha”.