por Josias de Souza, no UOL
A senadora Gleisi Hoffmann foi à disputa pelo governo do Paraná como uma das mais sólidas unanimidades do PT. Todos apostaram alto no desempenho dela, a começar por Lula e Dilma Rousseff. O Datafolha indica que faltou combinar com o eleitorado. A 17 dias da eleição, Gleisi virou uma versão paranaense de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo.
Os dois deixaram os respectivos ministérios —Saúde e Casa Civil— para medir forças com rivais tucanos: Beto Richa (44%), no caso de Gleisi (10%); Geraldo Alckmin (49%), no caso de Padilha (9%). Ambos foram superados por aliados do PMDB. No Paraná, é o veterano Roberto Requião (30%) quem polariza com Richa. Em São Paulo, é o seminovo Paulo Skaf (22%) quem ameaça impor um segundo turno a Alckmin.
Estacionada, Gleisi começa a ser desligada da tomada pelo petismo federal. Quanto a Padilha, Lula espera pelo menos empurrá-lo para patamares mais próximos do histórico do PT. Já não espera uma vitória. Mas vai tentar reduzir o tamanho do estrago.
Tanto isso é verdade que o marido da Barbie Padilha já foi para casa. Vai pra casa, Padilha!