Do enviado especial
Uma assembleia realizada por estudantes de Direito, ontem à noite (21), no prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, decidiu pela manutenção do boicote ao Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), apesar de a decisão colocar em risco a realização do vestibular para o curso e até mesmo a validação dos diplomas dos que o estão fazendo.
A questão do Enade já ensejou uma auditoria do MEC no curso de Direito da Federal que constatou a existência de 17 irregularidades. Entre elas a baixa presença de alunos nas salas de aula, falta de controle de presença, faltas sistemática de professores, que transferem a responsabilidades de ministrar as aulas para monitores (alunos que cursam períodos mais avançados).
A decisão de manter o boicote ao Enade é política, imposta (a decisão não foi votada, permitiu-se apenas que os alunos contrários ao boicote fossem ao palco do anfiteatro expor sua opinião) pelo atual diretório do Centro Acadêmico Hugo Simas, que apóia a ideologização do curso de Direito em detrimento do ensino formal.
“A mercantilização da educação e a meritocracia neoliberal corroem a educação no Brasil”, diz um trecho de um panfleto distribuído pelo Cahs (ver cópia abaixo) convocando os alunos a manter o boicote ao Enade, mesmo com o risco da intervenção.
O combate a “meritocracia neoliberal”, bancado pelo Centro Acadêmico Hugo Simas, tem permitido situações estarrecedoras relatadas por alunos na assembleia dos estudantes. Um aluno contou que um professor, titular de uma cadeira de Direito, resolveu fazer uma viagem de recreio e que vai ficar fora até o final do ano. Os alunos ficarão sem aula.
Outro professor, de grande renome, nunca dá aulas, mas ganha um salário próximo do teto constitucional de R$ 26,5 mil. Dos quatrocentos alunos presentes na assembleia, só um o conhecia pessoalmente. O encontro com a sumidade decorreu de um projeto de pesquisa. Jamais o ilustre foi visto em uma sala de aula.
Aos alunos que argumentaram que a manutenção do boicote do Enade poderia submeter o curso de Direito a mesma situação do de Jornalismo, impedido pelo MEC de fazer vestibular em 2013, o diretório acadêmico contrapôs que a situação era muito diferente, porque Jornalismo teria mesmo “alguns problemas”, enquanto Direito era um curso “muito bem estruturado”.
Um aluno contrapôs que não era bem assim. Ele próprio cursava Jornalismo quando da intervenção do MEC em 2013 e o curso também era tido como “bem estruturado”, o boicote ao Enade levou a uma auditoria do MEC que descobriu dezenas de irregularidades e levou a suspensão do vestibular. “A história está se repetindo, advertiu”. Foi ignorado.
Os estudantes deveriam, se fossem mais espertos, boicotar uma edição e levar a sério outra. Já que a questão é política, deveriam demonstrar pra sociedade que tiram de letra o exame.
O Cahs dá curso de férias de Marx e combate a “meritocracia neoliberal”. Grupos de estudantes profissionais. Alguns ficam décadas na universidade e quando são jubilados vão tentar uma carreira política no PC do B.
Que triste ver que o centro acadêmico mais antigo e importante do Paraná, o CAHS, palco histórico da diversidade e da inteligência, é controlado hoje por um bando de moleques radicais. Isso nunca aconteceu antes. De repente, a Santos Andrade passou a imitir os piores exemplos do movimento estudantil da Reitoria. Algo me diz que tem coisa aí! É preciso auditar o vestibular de Direito de UFPR, para evitar que a entidade seja tomada por estudantes profissionais. Isso começou com a política de cotas! Estão jogando na lama o nome da instituição! E pensar que tudo isso começou com os próprios professores da Faculdade, que, há anos, em sua grande maioria, reproduzem o discurso esquerdófilo inconsequente. Eles criaram pequenos monstrinhos, e agora é tarde… Ai que tiro no pé!!
Na praça Santos Andrade onde se localiza o prédio original e central da Universidade Federal do Paraná, existem várias figuras da história do Brasil e do Paraná, como Santo Dumont, Professora Julia Vanderlei, Rui Barbosa e outros. Todos devem estar escandalizados com o rumo que vem tomando a questão do Curso de Direito da UFPR e também as posições ideológicas do Centro Acadêmico Hugo Simas. Já comentei anteriormente ocaso da formação educacional no Brasil, em todos os níveis há uma deformação estrutural e se forma mal no primeiro e segundo graus e se amplia essa deformação nos bancos universitários. Nesse caso se cria um ciclo vicioso e de moto contínuo, onde o aluno mal formado ensina mal outros e a corrente vai se ampliando. Hoje em dia a educação e outras áreas são tratadas como um braço de partidos políticos que se servem da educação para se promoverem, quando deveria se o contrário, mas a ideologia de extrema esquerda está enraizada nos bancos universitários que já foram ao curso superior de forma errada na avaliação da política. Sempre dizemos que tem coisas que são um mal necessário, mas a politica de hoje em dia é somente um mal. Dia atrás vi alguém citar o nome do grande mestre Professor Vieira Neto, personagem brilhante dos meios jurídicos que era publicamente identificado com o Partido Comunista, na época clandestino, mas nunca se soube que ~ele , o Dr, Vieira Neto transformasse sua ideologia em ideal para forçar a bagunça e a mal formação de outros advogados que com ele trabalharam ou demandaram, brilhante tribuno não fez a sua profissão uma ideologia politica de esquerda mesmo tendo sido perseguido por este motivo.
Pude ver em primeira mão essa assembleia, e até agora não me recuperei do nível de estupidez e falta de conexão com a realidade apresentado pelos alunos. Muitos dos quais afirmaram que o “ensino” é um aspecto secundário de uma faculdade de direito, ficando em segundo plano em vista de objetivo “sociais”. Então não me surpreende em nada a nota 1 (a mais baixa possível) na prova do Enade.
TROLHA para todos vocês, acadêmicos de mierda !!!!! Grande, rósea e rígida !!!!
A degradação das raras instituições brasileiras que ainda funcionavam, o abastardamento dos últimos centros de excelência, é a grande, se não for a única, herança do PT.
A foto do buteco acima (ao lado da reitoria da federal) demonstra que o BOICOTE de muitos estudantes da federal não se limita ao ENADE.
Ainda bem que fiz a escolha certa, fui cursar em uma univ. particular…
Depois de ler esse besteirol produzido pelos alunos de direito convocando o boicote ao enade cheguei a conclusão que a situação do curso é muito pior do que eu imaginava.
Vocês e nem o dono do site sabem de nada do que realmente acontece nessa faculdade, e o que sabem interpretam da forma mais ridícula possível.
cuma?
Exijo uma manifestação imediata do dono site, senão vou me queixar para o dono da Federal!
Discordo de você, Rafaella. Já cansei, como muitos outros alunos, desse maniqueísmo forçado de esquerda e direita. Não passei no vestibular mais acirrado da área jurídica de Curitiba pra presenciar, durante 5 anos, algumas dezenas de alunos tentando socar goela abaixo da instituição e da sociedade a sua visão romântica e completamente deturpada da politica contemporânea. Xingue o quanto quiser, há mais verdades do que sensacionalIsmo nesse post e ninguém da Frente pode ou pretende mudar algo nesse sentido.
hihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihihi
O texto dos “lideres” estudantis me lembra muito aquele “manual de embromation acadêmico” que volta e meia circula nas redes sociais, segundo o qual para falar bonito e não dizer nada basta relacionar frases aleatórias dispostas em 4 colunas (uma frase para cada coluna). A semelhança é muito grande. Quem ainda não viu e quiser se divertir procure no grande oráculo (google) que também encontrará a versão corporativa, com frases muito comuns no ambiente de trabalho.