de Luiz Geraldo Mazza, na Folha de Londrina
Uma das denúncias sobre deficiências do curso de Direito da Federal é o de alguns mestres falarem de sua resistência no período ditatorial e com um tom heróico quando se sabe que predominava a acomodação, à exceção de poucos, e tanto que o discurso de paraninfo de Vieira Neto sobre as quatro liberdades não pode ser pronunciado.
Mestre Mazza, como de costume, tem razão. Todos viraram heróis da resistência ao golpe de 64. Agora, ocupar aulas para relatar o próprio ‘heroísmo’ é, além de indevido, cabotino.
Todos os dias quando posso escuto os comentários do Mazza na CBN, concordo com muitos mas discordo de vários, isso é o exercício do nosso direito de aceitar ou não opiniões divergentes. Quanto ao Mazza tem um lema aqui na cidasde, ele deve saber, que diz quando o MAZZA elogia alguém , imediatamente o elogiado pede direito de resposta, pois é um caso raro. Mesmo concordando com parte de seus comentários, fico imaginando que esses comentaristas e críticos em geral sempre tem algo contra qualquer medida que seja tomda, seja de um lado ou de outro. Disso então o estranho é que esses comentaristas críticos fazem essa papel mas não apresentam nenhuma solução.
Ter que aguentar esses heróis de si mesmos, alguns deles bêbados de tanto narcisismo, é um tormento que nem mesmo estudante merece. Mas as coisas vão muito além dos cabotinos supostamente heroicos denunciados pelo Mazza. É o pessoal da preguiça, da desídia, que está afundando nossa saudosa UFPR em um marasmo assustador.