Da assessoria de imprensa da campanha de Gleisi Hoffmann
A candidata à governadora, Gleisi Hoffmann (PT), entra na tarde desta quinta-feira (7) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PR) com uma ação para que o candidato à reeleição, governador Beto Richa (PSDB), seja obrigado a apresentar imediatamente seus gastos de campanha até o momento.
Contrariando a legislação eleitoral, Richa entregou zerada a primeira prestação de contas, alegando que não arrecadou e nem gastou nada em um mês de campanha.
As regras de contabilidade de campanha – estabelecidas pela resolução 23.406 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – deixam claro que “os gastos eleitorais efetivam-se na data da sua contratação, independentemente da realização do seu pagamento”.
“Impossível dizer que o candidato à reeleição não teve gastos neste primeiro mês. Notícias de jornais e do próprio site de campanha mostram o candidato em eventos no interior e inaugurando comitês. Nas ruas, carros circulam com adesivos do candidato. Além disso, ele já lançou o site e um espaço chamado de “Tenda Digital”, que inclusive oferecia internet gratuita para visitantes. E os fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas que o acompanham nas agendas? Não recebem salários?”, questiona o coordenador jurídico da coligação Paraná Olhando pra Frente, Luiz Fernando Pereira.
Além da ação no TRE, a coligação de Gleisi Hoffmann está entrando com pedido de providências no Ministério Público Eleitoral (MPE). “As prestações de contas parciais existem para garantir a transparência. Beto Richa esconde gastos e doações. Impede o controle pelo eleitor. E fere a isonomia, pois os principais candidatos cumpriram a regra”, completa Pereira.
Respeito e transparência
Cumprindo o que determina a Lei, a primeira prestação de contas de Gleisi Hoffmann entregue à Justiça Eleitoral informa que foram arrecadados R$ 2,58 milhões e gastos R$ 1,55 milhão nos primeiros dias de campanha.