por Célio Heitor Guimarães
Primeiro, foi João Ubaldo; depois, Rubem Alves; agora, Ariano Suassuna?! Por favor, não, Deus! É muita tristeza em tão pouco tempo. O Brasil, de joelhos, reza por Ariano.
O fato (lamentável) é que o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, 87 anos, encontra-se internado, desde anteontem, segunda-feira, no Real Hospital Português (RHP), área central do Recife, depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e passar por cirurgia. Ariano está em coma e respirando com a ajuda de aparelhos, segundo informação do hospital.
Já em agosto do ano passado, o escritor havia sofrido um infarto agudo do miocárdio, mas após procedimento de cateterismo, teve alta e recuperava-se em casa. Alguns dias depois, passou por uma arteriografia devido a um aneurisma cerebral.
Na sexta-feira passada, 18.07, esteve em Garanhuns, onde apresentou uma de suas famosas aulas-espetáculo, durante o Festival de Inverno da cidade do agreste pernambucano.
Ariano Suassuna, paraibano de nascimento, é o autor de, entre outras obras e peças teatrais, Uma Mulher Vestida de Sol (1947), Auto da Compadecida (1949), O Santo e a Porca (1957) e O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971).
É dele o ensinamento de que só se deve falar mal dos outros pelas costas. Justifica: “Falar na frente, constrange quem ouve e quem fala”.
Vamos lá, velho e bravo sertanejo! Abre os olhos e fala um pouco mais das coisas bonitas que só você é capaz de dizer (e escrever).