Depois de analisar a midia cucaracha, Peter Wiziniewski, que também é analista político internacional, põe o Paraguai na roda populista do Continente. Acompanhem o raciocínio:
No domingo a Venezuela pode explodir no plebiscito sobre a nova Constituição, dividindo o país. O mesmo na Bolivia e no Equador. Mas o nosso mais próximo vizinho, o Paraguai, está em marcha batida para algo semelhante. No começo do próximo ano há eleição presidencial na terra que já foi do Ströessner. Além do Partido Colorado, o bispo Fernando Lugo e o coronel Lino Oviedo disputam o Palácio Solano Lopez, ambos liderando as últimas pes quisas. Lugo tem o perfil de Evo Morales e Oviedo é indecifrável, ora diz uma coisa, ora diz outra. A eleição de um dos dois vai colocar em primeiro plano a rediscussão do Tratado de Itaipu, algo previsto só para 2023. Lugo quer transformar Itaipu no Canal do Panamá paraguaio, negando o Tratado e pondo fogo no circo e na fronteira. Oviedo, se não obtiver benesses do governo brasileiro, vai pelo mesmo caminho. Se o Partido Colorado se mantiver no poder, algo difícil pelas mudanças verificadas nos países latino-americanos, o ABC Color continuará a denunciar diariamente as mutretas dos diretores paraguaios de Itaipu e exigindo a revisão do Tratado. Assim, gradualmente, o Brasil pode se ver cercado por governos populistas xenófobos, com petrodólares como o de Chavez, gás como Evo e com um bispo ou coronel incendiários querendo rever um Tratado de uma usina que fornece hoje 20% do consumo de energia elétrica no Brasil. Talvez também seja por isso que os militares brasileiros andam tão acesos com a imediata modernização das três Armas.