DIÁRIO DA PANDEMIA
Logo, tudo isso será passado. Disse a empregada para a patroa diante do monte de roupa. O pandêmico nos ameaça com o sítio. E eu pensando que esse negócio de Atibaia já estava esclarecido. O que mais incomoda é o triplex: Carleto, Duduca e o Edgar. Edgar não, que diabo, me esqueço o nome dele. Logo, todos terão esquecido seus nomes. E quando uma criança perguntar quem foi Bolsonaro, os adultos dirão: uma fruta que já vinha roída. E quando uma criança perguntar por que o mito dizia que todos iam virar jacaré, responderemos: essa família tinha um problema com rabos. Como explicar a uma criança que o cara, sempre esqueço o nome dele, mandou a população colocar a máscara na bunda? Pai e filho tinham fixação oral. Todavia, eram mal oradores. Não explique a uma criança o que vem a ser fixação oral. E vamos que ela responda toda feliz: tirei 10 na prova oral! Não conheci esse político que morreu de Covid. Dou meus pêsames à família enlutada. Principalmente, dou meus pêsames às milhares de famílias do Brasil, para nós anônimas, que viram seus entes queridos ser arrastados sem sequer terem a esperança da vacina, o consolo de um leito hospitalar. Choro sobre a Pátria arrasada.
Filme: A PEQUENA LOJA DA RUA PRINCIPAL/OBCHOD NA KORZE – Czech/Slovak – Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Direção de Ján Kadár e Elmar Klos, com Idá Kaminska, Josef Kroner, Franti Ek Zvarík e Hanna Slivková. O menino prodígio do sultão de Casa de Mãe Joana abriu uma loja de quitutes árabes defronte ao muro sagrado de Jerusalém, bem na Western Wall, que é uma das avenidas mais sagradas daquela urbe. Não sabendo produzir quitutes árabes ,se dispôs a vender hambúrgueres fritos na banha de camelo. Saído de Israel debaixo de vara decidiu-se a ajudar o pai, e deu no que deu, se é que andaram dando e não fiquei sabendo.