Do G1
O programa da ONU foi laureado ‘pelos seus esforços em combater a fome, por sua contribuição para melhorar as condições de paz em zonas de conflito e por direcionar esforços para a prevenção do uso da fome como uma arma de guerra’. Neste ano já foram concedidos os prêmios de medicina, química, física e literatura.
O prêmio Nobel da Paz de 2020 foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, que combate a fome no mundo, nesta sexta-feira (9).
O organização atua em situações de emergência e em países afetados por conflitos. Nessas zonas há mais risco de desnutrição, diz a agência da ONU.
Segundo a organização do Nobel, o programa já seria um merecedor do prêmio sem a pandemia, mas com a Covid-19 os motivos ficaram mais evidentes: a comida está menos disponível. Nesse cenário, “o programa da ONU demonstrou uma habilidade impressionante de intensificar seus esforços”, afirmou o comitê.
“Este ano nós tivemos que atender a uma convocação para agir”, disse Phiri se referindo ao atendimento às vítimas da fome durante a pandemia do novo coronavírus.
Para decidir, a organização levou em conta que a cooperação multilateral é necessária para combater a fome e parece haver falta de respeito ao multilateralismo no passado recente.
O órgão ligado à ONU é a maior entidade que combate os problemas de fome e promove segurança alimentar no mundo –no ano passado, o Programa de Alimentos deu auxílio a quase um milhão de pessoas, em 88 países.
Vencedores de outros anos
Outras 134 pessoas ou instituições já receberam esse prêmio no passado. Em 2019, o vencedor foi Abiy Ahmed, o primeiro-ministro da Etiópia. No ano anterior, Denis Mukwege, um congolês, e Nadia Murad, uma iraquiana ganharam o Nobel da Paz (os dois são militantes que combatem o fim da violência sexual em guerras e conflitos armados).
Juan Manuel Santos, o ex-presidente da Colômbia, foi o último latino-americano que levou o prêmio.