DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Toda semana tenho a pachorra de ler pelo menos um livro. Acabei ler, ontem, “O Capitão Fracasso”, de Théophile Gautier. Pensei que fosse sobre o Brasil. Li “Os Três Mosqueteiros”, que eram na realidade quatro, contando com o capitão Dartagnan. Pensei que fosse sobre o Brasil. Agora estou lendo “O Menino Maluquinho”, do Ziraldo. Acho que é sobre o Brasil.
(*) Estava eu a dormir o sono dos justos quando a louca da Marylin me acorda com um berro: “Eu sei que você estava com a outra, canalha!” Ainda meio zonzo dei a resposta na lata, também aos berros: “É porque você não me satisfaz, sua gorda!” Foi quando me dei conta que Marylin não fala. De manhã cedo, bateram na minha porta. Não quis atender. Deixaram um bilhete.
(*) Quando penso em gatas é aquela procissão de felinos carregando seus filhotes na boca, pra lá e prá cá, e quem é que dorme nesta casa! Penso nas cachorras e a carrocinha despeja sala adentro todo um lote de bichos colhidos na rua. Jolim não estava no meio. Agora pensei em pererecas e o quarto foi invadido por um brejal de rãs. Será que não me entendem?
GRANDES PENSAMENTOS CULINÁRIOS: Se você não come quiabo, tudo bem; ele também não come você.
O quiabo sempre me comeu, tolinho!