DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Rios mortos abastecem Curitiba. Sem mata de proteção, onde se refestelavam capivaras, pacas e tatetos, cotias não. Enfeitando a paisagem, com suas cores esmaecidas, mas múltiplas, uma multidão de lixo descartado por quem tem na cabeça o que Ruy Barbosa tinha na barriga. Cada árvore assassinada é menos água. Amanhã brigaremos entre nós por causa da água porque não estamos lutando hoje pela preservação dos mananciais. Nada, não, estava aqui pensando com os meus botões. Faço minhas as palavras da Secretária da Saúde de Curitiba Márcia Huçulak, proferidas em outro contexto, mas que também cabem aqui: “A tua atitude impacta no coletivo”.
Enquanto isso, a fumaça das queimadas no Pantanal chega ao nosso litoral. Seis mil queimadas só em agosto.
(*) E o auxílio emergencial? Quando vi aquele menino concordando em dar três cachorros do mato, pensei: “Alguma coisa está errada; dessa forma os sem-nada enricam, e aí como vai ser!” Agora, com o tal auxílio reduzido para uma cadela do mato e meia chegamos a um valor que permitirá aos desgraçados do Brasil encher a despensa de comida. Fico aqui pensando com os meus bitcoins: “Será que não fazer falta para o menino?”
(*) Está tudo aqui. Comprei tudo o que o senhor botou na lista. Gaze, um monte. Esparadrapo daquele que não deixa a pele empolada. (Eu não falei empoleirada, a senhora me faça o favor de descer daí). E aqui está a Carta Magna, como o senhor pediu. Agora, vou dar milho às emas e deixar os senhores à vontade para remendarem à sua vontade a nossa Constituição.
GRANDES FRASES DA POLÍTICA PARANAENSE: “É” – disse o Governador Bento Munhoz da Rocha Neto ao lhe ser perguntado, na Praia de Caiobá: Aquele lá não é o Arnon?