Do Analista dos Planaltos
Entre políticos e jornalistas do ramo é amplamente conhecido o protocolo clássico da fritura de candidatos a cargos majoritários como os de prefeito , principalmente nas capitais , onde o apoio de governadores bem avaliados pode influenciar muito o resultado de uma eleição .
Começa com a frase clássica dirigida pelo Governador aos pretendentes :
(1) – “Se você quiser ser candidato, viabilize-se”.
2) Democraticamente surge a a determinação de desincompatibilização meses antes do prazo legalmente exigido. Vale para todos, mas só o recado é apenas para um.
3) Depois passa para declarações dos auxiliares próximos – a de que o governo será imparcial e equidistante das campanhas.
4) Em seguida começam reuniões públicas e reservadas com candidatos de outras legendas e partidos, sob vários pretextos, como convênios e, obviamente, na sombra, para acordos eleitorais futuros .
5) Começam a aparecer muitas notas coincidentes na imprensa sugerindo a vinda de outros candidatos para os grupos palacianos, buscando ampliar as bases de apoio.
6) Todos afirmam não saber quem divulga as notícias e, para encerrar qualquer questionamento, não saber de nada – mesmo!
7) Ninguém jura ou garante fidelidade ou compromisso .
8) A campanha se torna instável e o discurso de afirmativo passa a ser explicativo.
9) São criadas dúvidas e inseguranças nas hostes do candidato palaciano.
10) As dúvidas e incertezas são transferidas para as convenções partidárias.
11) O foco da disputa muda para a viabilidade da candidatura de oposição.