De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário
BRASILEIRO é dado ao abuso de fazer encomendas quando você – como se diz por aqui – “viaja pra fora”, o mundo civilizado. Você leva os filhos pra Disney, a sogra a tiracolo pra ajudar. A mulher fica em casa, tipo a do Bolsonaro, que se livrou dele no revelhão pra cirurgia (segredo de estado, eles não revelam no cartão corporativo, igual Lula e Marisa).
SOGRA, filhos e Disney juntos é bomba atômica. Como desgraça pouca é bobagem, surgem o parente, a mulher e as encomendas. Ele quer cuecas samba-canção estampadas. Doloroso constrangimento pro emissário, devoto da zorba ortodoxa, chegar ao caixa com trecos de fresco. A mulher quer o creme, santo e inútil remédio da celulite. Ginástica que é bom, neca.
ATENCIOSOS, entregam cem dólares, a nota que sobrou da viagem de trinta anos atrás, a única que fizeram. A cédula saiu de circulação; amarelada, ainda vale. Um pé no saco. As lojas aceitam, mas na era do cartão de banco, antes vai a Washington pra ver se é falsa ou daquelas que Pablo Escobar enterrava por falta de espaço na conta das Cayman.