Da assessoria de imprensa da Itaipu
Ponte bancada por Itaipu já atrai atenção de grandes investidores para o Porto Meira
Se os investimentos forem confirmados, darão um novo perfil econômico à região, que reúne 32 bairros.
A região do Porto Meira, uma das mais importantes de Foz do Iguaçu, no Paraná, começa a atrair a atenção de grandes investidores nacionais e internacionais devido à construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, bancada pela Itaipu Binacional. A obra, que já está na fase inicial, tem investimento inicial de cerca de R$ 60 milhões.
Estão previstas, por exemplo, a vinda de um shopping com “duty free”, voltado para lazer e entretenimento, e a instalação da maior roda-gigante da América Latina, com 90 metros de altura. A roda-gigante mais famosa do mundo, a de Londres, tem 135 metros.
Os nomes dos investidores ainda são mantidos em sigilo por questão contratual, mas se os investimentos se confirmarem, a região, que reúne 32 bairros, passará a ter um novo perfil econômico, com abertura de novas frentes de trabalho, geração de riqueza e maior segurança para turistas e moradores. A Ponte da Integração fará do Porto Meira um importante eixo de importação e exportação entre o Brasil e o Paraguai.
“É exatamente essa transformação e esse legado que a Itaipu quer promover. Não só no bairro, como em toda a cidade, a região de fronteira e os municípios vizinhos dos dois lados do Rio Paraná”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna.
Para o general Luiz Felipe Carbonell, diretor de Coordenação – área de Itaipu responsável diretamente pela obra, “a segunda ponte sobre o Rio Paraná, por si só, abre frentes de trabalho nos dois lados da fronteira. Somando-se a esses investimentos previstos, isso criará condições para o Porto Meira reviver tempos áureos”.
Carbonell se refere à época em que era feita a travessia de balsa, pelo Porto Meira, entre o Brasil e Argentina. Segundo matéria publicada na revista da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), formava-se um verdadeiro formigueiro humano na descida da barranca do Rio Iguaçu, de brasileiros que seguiam de barco para Puerto Iguazú, na Argentina.
Depois, foi construída a Ponte Tancredo Neves e o Porto Meira perdeu seu maior atrativo, que era justamente servir para a travessia entre os dois países, com argentinos vindo comprar no Brasil e brasileiros indo para lá fazer compras.
Localização
A Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, a segunda sobre o Rio Paraná, tem investimento previsto de R$ 463 milhões, custeado totalmente pela margem brasileira da Itaipu. Deste valor, R$ 323 milhões serão usados na construção da ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, que ligará a ponte e a BR-277, permitindo que os caminhões procedentes da Argentina e do Paraguai acessem diretamente a rodovia federal brasileira, sem passar pela área urbana de Foz do Iguaçu.
A nova ligação, cuja obra é gerida pelo governo do Estado, deve ficar pronta em três anos. A construção começou no último dia 7 de agosto.
Em que pé está?
O consórcio Construbase-Cidade-Paulitec, responsável pela obra, está trabalhando na terraplanagem e montagem do canteiro de obras. Na sequência, será feita a fundação – o bloco principal que vai segurar os mastros de 120 metros responsáveis pela sustentação da ponte.
Para o início serão usadas 20 máquinas, como caminhões, tratores de esteira, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, rolo compactadores, entre outras.
A previsão é que, no pico das obras, sejam contratados cerca de 500 trabalhadores – cem a mais do que previsto inicialmente – e que de 10 a 12 empresas atuem de forma indireta na construção da ponte.
Com 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, o maior de uma ponte estaiada no Brasil, a obra terá duas torres de 120m de altura. A pista terá 3,7m de largura de cada lado, acostamento de 3m e calçada de 1,7m.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.