Para se ter uma ideia do problema quase impossível que é “limpar” a favela da Rocinha, um tira da pesada fez uma comparação: “Lá a geografia e a aglomeração de residências, cortada por vielas estreitas, impossibilita ações seguras e facilita a defesa dos bandidos, que têm alto poder de fogo por conta das armas modernas e de grosso calibre. Além disso, no alto do morro há a floresta para onde podem fugir – e a comunidade, como chamam, pode ultrapassar 200 mil pessoas, a maioria de gente trabalhadora e honesta. Aqui em Curitiba, por exemplo, temos a favela da Vila Pinto com 9 mil moradores, onde há tráfico, sim, mas não muito ostensivo – e duas facções dividem o território e dificilmente entram em conflito. Ações policiais são mais fáceis porque o terreno é plano, há um rio evitando fuga por um lado e a avenida das Torres do outro”.
A coisa funciona tão bem na Vila Pinto que o pessoal do tráfico conhece pelo nome os policiais, então dificilmente acontece alguma “desinteligência” entre as partes, cada um fica na sua e as Polícias na delas. Tudo em nome da Paz