19:50TF nega recurso e mantém com Moro citação a Lula na Odebrecht

Do jornal O Globo

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo para retirar da 13ª Vara Federal em Curitiba, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, depoimentos de executivos da Odebrecht que citam seu nome.

O relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, enviou o material para Curitiba em abril.

A defesa de Lula apresentou recurso contra a decisão, mas a Segunda Turma negou o pedido por três votos a zero.

Votaram apenas Fachin, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello não estavam presentes no julgamento.

Foram enviados a Moro trechos de delações de Marcelo Odebrecht, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo.

Eles contaram que o consórcio formado pela Odebrecht, OAS e UTC venceu licitação para o fornecimento de sondas de extração de Petróleo na camada pré-sal.

Logo depois, a Odebrecht teria recebido solicitação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de 1% dos contratos a título de propina.

Segundo Márcio Silva, 35% dos valores arrecadados com a propina seriam destinados a funcionários da Petrobras e 65%, ao PT.

Rogério Araújo disse que o rateio seria de um terço para os funcionários da Sete Brasil e da Petrobras, enquanto dois terços seriam para o PT, por decisão do partido e de Lula.

No entanto, o partido não teria recebido os recursos, por ordem de Marcelo Odebrecht.

O dono da empresa disse que não pagou porque os valores já estariam incluídos no valor global acertado previamente com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

No recurso apresentado ao STF, a defesa de Lula argumenta que “não há prova de pagamentos de vantagens indevidas para obtenção de contratos no âmbito da Petrobras” e que “não há indício que possa influir decisivamente na apuração de crimes”.

Para os advogados, não há justificativa para o caso ser transferido para Curitiba.

A defesa de Lula também alegou que as reuniões para acertar a suposta propina teriam ocorrido em São Paulo.

Portanto, não haveria motivo para transferir o caso para a vara de Moro.

No pedido para transferir o caso para Curitiba, a Procuradoria-Geral da República (PGR) argumentou que não havia indício de crime praticado por autoridade com direito a foro especial, por isso o material não poderia permanecer no STF.

No julgamento desta terça-feira, Fachin concordou novamente com a PGR.

Acrescentou que, na vara de Curitiba, já há investigação aberta sobre os mesmos fatos.

Uma ideia sobre “TF nega recurso e mantém com Moro citação a Lula na Odebrecht

  1. Sergio Silvestre

    O judiciário também tem seu “”CUNHA”é o Gilmar Mendes,aquele que reparte e da as ordens de como prender e como soltar.

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