ROGÉRIO DISTÉFANO
Consolo da Viúva
Foi melhor assim, Temer ainda no governo. Se saiu caro para mantê-lo na presidência, imaginem quanto teríamos que pagar para o congresso eleger o novo presidente.
Amor com desamor se paga
Michel Temer mostrou que é desleal. Não conosco, mas com dona Dilma. Se ele podia segurar os deputados para não abrir processo contra ele por que cruzou os braços quando abriram o processo contra a presidente da qual era vice?
Efeito Thiago Silva
Rodrigo Maia, presidente da câmara, envergou um Thiago Silva e chorou na sessão que presidiu para matar o processo contra Michel Temer. Depois do 7×0 na Copa virou moda isso de nossos craques chorarem na derrota.
De volta ao feijão-com-arroz
De quem é a culpa? Dos deputados? Não. Eles estavam no mesmo lugar nos governos Lula, Dilma e Temer. Apoiaram a todos, lucraram em todos. Agora reverteram o processo de apropriação do Estado. Nos governos FHC tomaram conta das estatais – em pequena medida, comparativamente aos governos Lula/Dilma. No primeiro governo de Lula foram alugados junto com seus partidos nanicos. No governo Lula, segundo mandato, o modelo mudou para a tomada de assalto das estatais (duplo sentido intencional), que continuou nos governos Dilma.
Michel Temer volta ao feijão-com-arroz: a distribuição geral de cargos no Executivo e nas estatais. Nada muda. Assim como se serviram da Petrobras, políticos e deputados ampliam agora o cardápio até o limite da indigestão. Escaparam da Lava Jato, que não consegue limpar a sujeira – o presidente Aldemir Bendine, em pleno governo Dilma, Lava Jato em ação, foi audacioso e se serviu à farta. Jogaram Dilma às feras quando ela quis regatear o preço da roubalheira. Os políticos são os patifes de sempre. Nós eleitores, os poltrões de sempre.