por Célio Heitor Guimarães
Os irmãos Batista, da JBS, são dois meliantes juramentados. Com o patrocínio de Lula da Silva e Dilma Rousseff, enriqueceram. Transformaram um pequeno açougue escondido no interior de Goiás no maior fornecedor de carne do mundo. Com o dinheiro fácil e barato do BNDS – quer dizer, dinheiro do povo brasileiro –, foram adquirindo concorrentes, ministros, deputados, senadores, governadores e administradores públicos em geral. Com a maior desenvoltura e a maior desfaçatez do mundo.
Quando foram apanhados pela Polícia Federal, Ministério Público e força-tarefa da Operação Carne Fraca, bolaram um crime perfeito. Anteciparam-se à ação das autoridades, foram à Procuradoria da República, ofereceram-se como delatores, fizeram parceria com os procuradores, seguiram a orientação deles e passaram a gravar clandestinamente conversas em encontros com agentes públicos, incluindo o presidente da República.
Quando o material ainda era secreto e encontrava-se sob exame do ministro Edson Fachin, do STF, os irmãos Batista fizeram vazar a notícia para a imprensa. Depois, é claro, de haverem adquirido 1 bilhão de dólares e vendido ações (em alta) de sua companhia. Com a divulgação da delação, triplicaram suas fortunas. E o Brasil, que ensaiava sair do buraco, despencou cova adentro: a bolsa de valores teve queda recorde e o dólar a maior valorização em 14 anos em um único dia.
Na façanha, os irmãos-bandidos tiveram a cobertura da polícia federal e da procuradoria da República, que não só lhes ofereceram apoio logístico como os orientaram no modus faciendi da delação. Mais: contaram com o apoio da mídia, sobretudo da televisiva, que se encarregou de difundir o ocorrido, com o escarcéu e a irresponsabilidade costumeiros, antes mesmo que se conhecesse o real conteúdo do material gravado e nada fosse ainda conclusivo. Todo mundo deu palpite baseado no ouvi-dizer. O próprio presidente da República foi obrigado a manifestar-se sem ter em mãos a mostra do que lhe acusavam. Coisa de louco!
Justiça seja feita: o único órgão da imprensa que condenou o vazamento truncado de trechos da delação dos Batista & Cia. e a sua repercussão foi o jornal O Estado de S. Paulo: “Este grave momento da vida nacional deverá passar para história como aquele em que a irresponsabilidade e o oportunismo prevaleceram sobre o bom senso e sobre o interesse público. Tudo o que se disser agora sobre os desdobramentos do terremoto gerado pela delação do empresário Joesley Batista, em especial no que diz respeito ao presidente Michel Temer, será mera especulação. Mas pode-se afirmar, sem dúvida, que a crise é resultado de um encadeamento de atitudes imprudentes, tomadas em grande parte por gente que julga ter a missão messiânica de purificar a política nacional. A consequência é a instabilidade permanente, que trava a urgente recuperação do País e joga as instituições no torvelinho das incertezas – ambiente propício para aventureiros e salvadores da pátria”.
Na mosca. Enfim, alguém com alguma sensatez.
Foi além o editorial do Estadão ao destacar que o vazamento de parte da delação não foi um mero acidente: “Seguramente, há, nos órgãos que tem acesso a esse tipo de documento, quem esteja interessado, sabe-se lá por quais razões, em gerar turbulência no governo exatamente no momento em que o presidente Michel Temer parecia ter arregimentado os votos suficientes para a difícil aprovação de reforma da Previdência Social”.
Ao falar para os procuradores – com fala gravada em áudio e vídeo –, os Batista e seus asseclas confessaram abertamente a compra de autoridades e a distribuição generalizada e criminosa de milhões de reais… No entanto, saíram ilesos e faceiros dos encontros com as autoridades brasileiras, autorizados, inclusive, a deixar o país em jatinho particular, sem restrições ou tornozeleiras eletrônicas. Se penas estão cumprindo é em apartamentos de 30 milhões de dólares, em plena 5ª Avenida, em Nova York. Um imenso sofrimento!…
É a isso que se chama crime perfeito.
E Temer? Vai ter de comer o pão que o diabo amassou. Quem mandou receber bandido em casa, na calada da noite? Só por isso já faz por merecer a baixa do governo. Não lhe era suficiente a companhia da bela Marcela e do infante Michelzinho?
Perai,quem recebe bandido em casa para reunião nas altas horas também é bandido,quanto a Marcela,dizem que nessa hora elea estava numa banheira de espuma e se perfumando para o (velhote??)que cá para nós,se dependura no poder com as garras de um tremendo escroque.
Imaginem nós sendo gozados lá fora,alem de golpistas tiramos uma presidente honesta por que ela era um perigo eminente para esse bando,ou tem alguém que teima ainda em pensar o contrario.
Silvestre, a “presidenta honesta” é por tua conta, faz parte da tua cota de bandidos de estimação. Que aliás você fez questão de votar e confirmar junto com o michel que você agora acha que é bandido.
Onde se lê “Carne Limpa” leia-se “Carne Fraca”. Quanto ao Silvestre, dispensa comentário.
kkkk viu no que dá dar trela para bandido? Dá nisto aí, o cara armando para o outro bandido, o presidento, porque quem tem amigo por bandido boa gente não é. E quando será que o Fachin vai vazar as delações sobre o 51 e a infeliz, porque até o momento eles estão se achando por cima da carne seca.