de Zeca Corrêa Leite
Se, amando-me, quiser de mim o meu amor,
dê-me de beber águas de teus encantos
em momentos simples, pequeninos,
absortos quase,
e que eu mal perceba…
Se, amando-me, ter em mim seu prisioneiro,
torna a dar-me águas de teus encantos
para alimentar meu peito
de descobertas e sonhos.
Mas,
se amando-me, sentir que o amor se foi,
interrompe aos poucos as águas que me sustentam.
A cada dia um cálice quebrado,
ferimentos dos cacos nas mãos.
Tão breve e minha alma seca.
* Do livro “O velho e alguns escritos“, lançado nesta semana