por Claudio Henrique de Castro
Os pagãos habitavam as aldeias ou “pagi” e não seguiam o cristianismo na colônia romana Lusitânia no século III depois de Cristo.
A Lusitânia se transformou em Portugal, que colonizou o Brasil e nos dotou da religião oficial do Cristianismo até 1890, quando foi revogada pelo Decreto 119A.
Para alguns, os partidos políticos são como ordens religiosas.
Assim, teríamos poucas diferenças entre a religião e a política, exceto pela racionalidade, nascida do Iluminismo do século XVIII.
Apesar disso, temos o discurso político sem sentido racional, a sedução do eleitorado por campanhas publicitárias, a sucessão de imagens, as frases de efeito.
Essas armadilhas do discurso se constroem a ponto de não se entender ou questionar o conteúdo, mas apenas admirarmos imagens e reverenciarmos ídolos.
Com senso crítico e observação é que podemos entender essa hipnose coletiva, em resumo, a criativa enganação do povo.
As habilidades discursivas de políticos são idênticas às habilidades de líderes religiosos mal intencionados. Prometem milagres e curas dos males coletivos, da saúde, da educação e, finalmente, o contato com Deus. No caso da política eles são os próprios deuses, que por feitos sobre-humanos e miraculosos alcançam o poder e, por isso, merecem reverência e, talvez por isso, devem ser chamados de “Excelência” e não podem ser tidos como “cidadãos comuns”.
Tanto os discursos de esquerda, de centro ou de direita se valem dessas práticas. Saem uns, entram outros, mudam-se os atores e permanece o discurso da salvação local, regional ou nacional.
São os salvadores ou as salvadoras da pátria que se apresentam como santos, intocáveis, pessoas acima do bem e do mal e das leis.
Neste momento de instabilidade econômica e política, aparecem novos e velhos “líderes”, cada qual com habilidades oratórias, uns mais exaltados, outros com ares de sábios, todos com a mesma finalidade: conquistar postos ou se manter no poder.
A lógica não existe nesses discursos. Em regra são amontoados de frases, recheadas de historinhas engraçadas ou passagens que ensinam sabedoria popular elementar.
O mundo real é bem diferente do discurso.
É tempo de se avaliar a coerência dos discursos políticos.
Puxa vida hein,eu me preocupo com tudo isso,até com os dez contêiner de trastes do Lula,e o apto de 42 mIlhões do FHC.
Toda essa preocupação nossa se acaba em poucos anos,assim como os amontoados de trastes e as dezenas de imoveis que ficaram para a posteridade.
Ontem enterramos um amigo,que foi quase colega de infância do Alvaro Dias,o seguiu por toda sua vida,o defendia em todos os lugares e quando ele fechou os olhos,seu amigo de infância hoje mais preocupado com politica costuras e seus inúmeros bens,nem foi no seu enterro,deve ter mandado somente os pêsames.A vida é assim,a gente luta por alguem que as vezes é melhor nem conhecer.