Quem não lê, não pensa. E quem não pensa será para sempre um servo. (Paulo Francis)
Uma ideia sobre “Leitura”
Sergio Silvestre
Puxa vida,lá estava o menino sentado no concreto de estadio Silvio Sales,vendo o treino dos seus ídolos “Brida e Brecha,depois descia a Rua Brasil até a praça da Republica,olhava o coreto para ver se via meu Pai que perdeu os movimentos da mão soltando foguetes nos comícios do Ademar De Barros,tão logo que abandonou sua família.
Corria para o parquinho infantil para comer a merenda que era servida as 15 horas ,um pedaço de pão caseiro com algum doce,as vezes enrolava um pedaço num papel para levar para minha irmã,ou deslocava uma tabua solta de um quintal para pegar duas goiabas,onde ia comendo uma e a outra levava para minha família.
Era uma vida de dificuldades,mas não tinha vergonha de ir para a escola com um bornal e camisa feita a mão pela minha mãe com saco de açúcar,um lápis,um caderno e uma caneta pena onde eu compartilhava o tinteiro com uma coleguinha.
Me lembro de um dos muitos Natais que eu minha irmã e minha mãe passamos,mas num deles eu cheguei em casa com minha caixinha de engraxar feita de restos de caixa de bacalhau,era tão pequeno que muitos duvidavam e não me davam os pares de sapato por que não acreditavam e eu vinha as vezes sem um tostão para ajudar em alguma coisa.
Nesse começo de noite minha mãe pegou uns troquinhos e me deu para ir no bar que ficava a 1 km de casa para comprar uma tubaína,vinha todo feliz com a garrafa até tropeçar numa pedra e fazer dela dois pedaços de vidro.
Me agachei chorando junto as partes que sobrou e peguei o fundo que ainda tinha um pouco de liquido e fui chorando copiosamente até chegar em casa,onde encontrei minha mãe e minha irmã com um prato de arroz com tomate que seria nossa ceia.
Ela abraçou eu e minha irmã,me consolou,comemos o arroz com tomate e fomos dormir,fiquei ainda um tempo acordado vendo um flash de luz que atravessava a telha de zinco que cobria o quartinho,e ficava pensando a que horas o Papai Noel fosse descer por ele para trazer os presentes.
Mas ai dormi o sono dos meninos pobres,o sono daqueles meninos sonhadores,o sono para sonhar com um Papai Noel que nunca vem nos visitar…FELIZ NATAL MAMÃE.
Puxa vida,lá estava o menino sentado no concreto de estadio Silvio Sales,vendo o treino dos seus ídolos “Brida e Brecha,depois descia a Rua Brasil até a praça da Republica,olhava o coreto para ver se via meu Pai que perdeu os movimentos da mão soltando foguetes nos comícios do Ademar De Barros,tão logo que abandonou sua família.
Corria para o parquinho infantil para comer a merenda que era servida as 15 horas ,um pedaço de pão caseiro com algum doce,as vezes enrolava um pedaço num papel para levar para minha irmã,ou deslocava uma tabua solta de um quintal para pegar duas goiabas,onde ia comendo uma e a outra levava para minha família.
Era uma vida de dificuldades,mas não tinha vergonha de ir para a escola com um bornal e camisa feita a mão pela minha mãe com saco de açúcar,um lápis,um caderno e uma caneta pena onde eu compartilhava o tinteiro com uma coleguinha.
Me lembro de um dos muitos Natais que eu minha irmã e minha mãe passamos,mas num deles eu cheguei em casa com minha caixinha de engraxar feita de restos de caixa de bacalhau,era tão pequeno que muitos duvidavam e não me davam os pares de sapato por que não acreditavam e eu vinha as vezes sem um tostão para ajudar em alguma coisa.
Nesse começo de noite minha mãe pegou uns troquinhos e me deu para ir no bar que ficava a 1 km de casa para comprar uma tubaína,vinha todo feliz com a garrafa até tropeçar numa pedra e fazer dela dois pedaços de vidro.
Me agachei chorando junto as partes que sobrou e peguei o fundo que ainda tinha um pouco de liquido e fui chorando copiosamente até chegar em casa,onde encontrei minha mãe e minha irmã com um prato de arroz com tomate que seria nossa ceia.
Ela abraçou eu e minha irmã,me consolou,comemos o arroz com tomate e fomos dormir,fiquei ainda um tempo acordado vendo um flash de luz que atravessava a telha de zinco que cobria o quartinho,e ficava pensando a que horas o Papai Noel fosse descer por ele para trazer os presentes.
Mas ai dormi o sono dos meninos pobres,o sono daqueles meninos sonhadores,o sono para sonhar com um Papai Noel que nunca vem nos visitar…FELIZ NATAL MAMÃE.