Diante da eclosão da cloaca internacional da cartolagem, Onaireves Nilo Rolim de Moura, ex-presidente do Atlético Paranaense, da Federação Paranaense de Futebol e ex-deputado federal, deve estar se achando um injustiçado, pois foi dos poucos cartolas presos neste país. Ele desapareceu e, ao que consta, fundou uma igreja no interior de São Paulo. Se foi convertido, poderia contar, por exemplo, o que sabe a respeito dos bastidores daquela CPI da Bola que acabou em pizza. No tempo em que ainda tinha contato com jornalistas, garantiu que um dos seus inimigos só não foi chamado a depor porque deu dez milhões de motivos a um senador paranaense para se incluir fora do circo. Moura pensou até em escrever um livro a respeito, mas foi interrompido pelo processo que o levou à prisão. Os dois personagens da sua ira ainda estão na ativa.