8:11Com UTI, sem publicidade

O Ministério Público do Paraná informa:

Justiça proíbe prefeitura de gastar em publicidade antes de restabelecer atividades de UTI pediátrica

Decisão da Vara da Infância e da Juventude de Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense, determinou o bloqueio das verbas de publicidade do Município até que sejam resolvidos os problemas encontrados nos serviços de pediatria do Hospital Municipal Padre Germano Lauck. A principal irregularidade é a falta de uma equipe médica especializada para prestar o atendimento na UTI pediátrica do hospital.

A 9ª Promotoria de Justiça de Foz ingressou com ação civil pública para que não houvesse a interrupção dos serviços da UTI pediátrica do hospital após receber, em fevereiro, comunicação de prestadores de serviços da Fundação Municipal de Saúde informando que a partir de 28 de fevereiro deixariam de prestar serviços na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica e na clínica pediátrica do hospital por conta de uma série de carências que os impediriam de realizar um trabalho eficiente.



Embora tenha obtido na época decisão liminar que obrigava o Município a manter o atendimento no hospital sob pena de pagamento de multa, ainda assim as atividades da UTI pediátrica foram paralisadas. Dada a gravidade da situação, uma vez que o hospital é referência em pediatria e atende pacientes de diversos municípios da região, o MP ajuizou nova ação civil pública, na qual, dentre outras medidas, requereu o bloqueio das verbas de publicidade do Município até que a situação do hospital fosse regularizada.

A Justiça atendeu novamente o pedido do MP, determinando o arresto de R$ 2,6 milhões da verba de publicidade da prefeitura, valor equivalente ao custo anual estimado do referido serviço médico. O Poder Judiciário determinou ainda a proibição imediata de qualquer despesa que envolva propaganda, em qualquer espécie de mídia, até que os problemas no hospital sejam resolvidos. 

Uma ideia sobre “Com UTI, sem publicidade

  1. Intransigência

    Não obstante a necessidade da regularização do funcionamento das UTI,s, restou comprovado a ingerência indevida de um poder em relação ao outro. Se a moda pega! Do jeito que está os prefeitos
    deveriam passar “as chaves” das cidades aos ilustres membros do MP e para alguns juízes, já que do
    alto das suas sabedorias sabem administrar os problemas dos outros. Sentado no ar condicionado é fácil. Botar a mão na massa, lidar no dia a dia com as deficiências estruturais, com médicos que só pensam em dinheiro, nem pensar né?

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