de Carlos Castelo

.§ Galvão Bueno passou seis anos bancando a Mamãe Gansa de Tite. Botou panos quentes quando houve erros grosseiros em determinadas partidas, passou pano para a escalação de Daniel Alves, foi uma ídiche mamma para o mister. Agora, ao se aposentar das Copas, largou uma bomba na mão do afilhado. Disse que “Tite, a Coisa” havia largado seus meninos chorando no gramado e se mandado para o vestiário. Feio. Quando a gente decide ser padrinho de alguém, ao menos é o que defendem lá na Camorra, vai até o fim da vida. O fato deve ter ocorrido porque Galvão agora se tornou vinhateiro no sul do país. Está cada vez mais difícil encontrar uma foto do narrador sem uma taça de Bueno, branco ou tinto, colada na mão. No Catar, parecia até que estava apresentando não um certame esportivo internacional, mas uma degustação de Brunello di Montalcino para potentados do mundo árabe. Mudar de área não isenta Galvão de sua desconsideração a Tite. Esse aftertasting vai provocar mais azia no treinador do que os Bueno wines.