DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Minha vida é só céu, queixou-se o anjo Gabriel. Minha vida é malsã, disse Satã. Vocês se queixam da sorte? perguntou a Morte. O céu é muito anil, disse o anjo sutil. Eu só como quiabo, disse o Diabo. Isso não é vida, disse a Desvida. Em memória de Ariano Suassuna, o grande luar do sertão (não sei se ele ia curtir).
(*) Roteiro para um filme: Clareira na mata. Personagens correm na direção de um pequeno avião. A mocinha loura, o noivo levemente louro, o piloto com cara de alemão de Treze Tias (cidade catarinense) e um negro carregando as bagagens. Vulcão entra em erupção. A aeronave desliza pela pista, tentando alçar vôo, sob uma chuva de pedras. O carregador não consegue alcançar o aeródino, que leva os personagens para lugar seguro. Uma das pedras cai no avião, que explode. O carregador descansa a bagagem no chão e faz cara de não se essa cena vai passar. O vulcão sai de atividade. (Fui até essa parte, ainda não sei a sequência).
(+) Tenho até vergonha de confessar, mas hoje rolou arranca-rabo aqui em casa. Na divisão das tarefas domésticas, às vezes mulher atrapalha mais do que ajuda. Eu disse: Me deixa em paz, Marylin. Vá catar o que fazer. Quando brigamos, ela fica com a cama, eu durmo no sofá.
GRANDES DÚVIDAS DA NAVEGAÇÃO: Entrar com uma caravela rio a dentro pode ser entendido como penetração à nau?
Pois é,o Boneco inflável Alvaro Dias (quase esprudindo),nunca deu em cima da Marilyn?
Zé Beto, meu lorde, quem é essa menina que ficou preocupada com penetração a nau? Diga pra ela sair da água que essas embarcações são um pe-ri-go.