DIÁRIO DA PANDEMIA
(*) Eu caminhando pela Rua das Flores e todo mundo incomodado com um cachorro guará em extinção, que me segue como minha sombra. Eu debaixo de chuva, usando o chapéu panamá que acabei de receber do Caribe, onde passei férias com a família real. Eu comendo o pão que o diabo amassou e pedindo um café com leite para ajudar a descer. Eu andando na corda bamba, montado a cavalo e comendo o pão que o diabo amassou. Você vendo que alguma coisa não se passa nos conformes, mas faz vistas grossas porque também tem que sobreviver.
(*) Não devia ter matado esta ponta porque sempre que me atiro do alto do Pão de Açúcar espero que um pterodáctilo amigo me alcance em pleno voo e me leve para a segurança do seu ninho.
(*) Com a situação caótica do jeito que está certamente Maria Antonieta não me negará um auxílio emergencial para eu abrir uma fábrica de brioches.
(*) Quando Cabral chegou ao Novo Mundo toda a floresta estava em chamas e tinha acabado o pau brasil. Pegou as caravelas, deu meia volta e retornou a Portugal. Não sem antes ter deixado aqui um bispo para ensinar aos locais como preparar sardinha na brasa.
GRANDES PENSAMENTOS LIBANESES: Não basta à mulher de César ser síria. Ela tem que ter nascido lá.
Pois é,eu acho que to ficando velho,estou lendo o Padrella todos os dias,comendo as tampas de pão de forma e os restos de salada que vai sobrando.Seria o medo de faltar comida e livros daqui 50 anos?
Para mim, caro Silvestre, ler Padrella parece ser minha sina. Como disse Chaplin:”Eu não gosto de sangue, mas tenho que conviver com ele!”