de Ticiana Vasconcelos Silva
Ela bebia. E o mistério se revelava. O silêncio penetrava a memória. E o vento contava segredos. Permanecia estática. E qualquer movimento tinha significado. Questionava-se se por esse caminho poderia descobrir a dor de sua alma, que voava ao sinal do primeiro amor. Entregava-se à noite, à distância da terra até sua casa. Aquela pela qual chorava ao ouvir pássaros ao meio-dia. Compunha melodias até chegar ao centro. Da cidade, do coração, da floresta. Vagava pelas beiradas ouvindo piadas. Ria. Por sintonia. Mas queria mesmo era se espalhar, se espelhar, em sua rara vontade de viver a sua própria canção.
Quanto sentimento e significados nos presenteia a leitura da Ticiana!