De Rogério Distéfano, no blogO Insulto Diário (http://www.oinsultodiario.com/)

O pitbull 02 atira pela internet: “por que a mídia canalha denuncia A e esquece B?” O canino agressivo todos conhecem, é o vereador Carlos Bolsonaro. O A vem a ser o irmão Flávio, ex-deputado estadual do Rio. Quer lembrar que não foi só no gabinete do irmão que correu o chorrilho de dinheiro repassado pelos funcionários. Pelo menos dois terços dos demais deputados fizeram o mesmo. Ou seja, A estava na companhia de C a Z.

02 atira com o arcabuz da razão. Mas mídia é mídia e língua também é chicote. Os Bolsonaros estão na mídia. Um deles apanhado em flagrante tem maior flagrância e fragrância que os outros ‘descontadores’ (para não usar a outra palavra, que vem automática à lembrança). Os Bolsonaros foram eleitos e fazem política como o chicote da política. Para eles ninguém além deles presta. São os senhores da pureza, catões da virtude.

Pena que o raciocínio Bolsonaro, de qualquer um, do pai ao filho mais novo Jair Renan, não resiste à contraprova, o instrumento para validar raciocínios. A contraprova, a validação seria a seguinte: por que o irmão Flávio fez o mesmo que os colegas (eles só, só eles) canalhas? Melhor esquecer. Já é muito um Bolsonaro concluir um raciocínio, tosco que seja. Contraprova para eles só aquela obtida pelo coronel Brilhante Ustra.