Do Analista dos Planaltos
Nem os maiores críticos de Roberto Requião podiam imaginar que o senador que presidiu o partido e o arrasou politicamente pudesse fazê-lo também financeiramente.
Pois na última reunião da comissão executiva que dirige o MDB, o secretário geral, deputado estadual Requião Filho, propôs simplesmente vender a sede do partido, o casarão da Avenida Vicente Machado, unicamente para pagar as dívidas pessoais do pai .
A origem da dívida são multas eleitorais do senador no valor de R$ 1,9 milhão (um milhão e novecentos mil reais), todas decorrentes de violações repetidas das leis durante campanhas. Mesmo ciente de que a legislação proíbe que o patrimônio do partido possa ser utilizado para pagar dívidas e multas de candidatos, Requião Filho apresentou a proposta.
Os filiados do MDB que contribuíram durante mais de duas décadas para adquirir e reformar a espaçosa e valorizada se de estão se mobilizando para ingressar com uma ação para impedir a venda.
Uma das justificativas, além da ilegalidade, é o fato de o senador dispor de patrimônio suficiente para quitar suas multas pessoais conforme suas declarações para a justiça eleitoral.
Como a proposta ainda não foi aprovada, resta ver se o novo presidente, o sobrinho João Arruda, estará disposto a cometer a grave ilegalidade pela qual além de responder civilmente o marcará como o liquidante do MDB. É possível ? Sim, mas não provável .
Eis a “obra” de Requião I e único, ídolo tupiniquim, arauto da moralidade, fiador e divulgador da Carta de Puebla, única criatura honesta do sul do mundo! E revelando para o mundo sua descendente criatura que comunga dos mesmos postulados!