O novo pré-candidato ao governo do Paraná é o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestre Filho, 37 anos, dos quadros do PPS e filho de tradicional família de políticos daquela região. Por não ter nada a perder, afinal, foi reeleito recentemente com 60% dos votos do município, ele acredita que no panorama dos candidatos que estão na disputa, não há nada de novo, apesar de dizer que Ratinho Junior poderia se encaixar nessa definição, mas que, pela costura que faz de apoios e o fato de provavelmente ser o candidato do governador Beto Richa, vai carregar o peso e os compromissos da pesada política tradicional. Há um consenso na equipe que começa a formar e que começar a traçar os planos de governo, que, no ano que vem, quando tudo será definido, Ratinho, Osmar Dias e Cida Borghetti poderão estar na mesma canoa do governador que, no entender do guarapuavano, poderá ficar até o fim do governo – e isso abria a possibilidade de Osmar e Ricardo Barros, marido da atual vice governadora, concorrer ao Senado na chapona. Ele, seria, então, candidato com viés de oposição. Mas, como se apresentaria como “o novo”, tendo o sobrenome e a herança política que tem? “Não vou me apresentar assim, porque o novo é o que se faz. Sobre a política, me orgulho de ter a tradição e experiência quem existe desde meu avô”, afirma. Ele fala em política de privatização, que, segundo ele, é demonizada sem sentido. Conta que está fazendo isso na sua cidade com o sistema de iluminação pública e acha que para o Estado é um caminho para aumentar arrecadação e, na esteira, os investimentos no setor público. Outro ponto que ataca é o fato de os governos ficarem reféns do sindicalismo de funcionários públicos, achando que poderão ter prejuízos políticos se tomarem medidas duras, principalmente sobre os gastos que, hoje, beiram o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ungido ele ainda não está pelo partido, mas em suas andanças por Curitiba e nas reuniões que faz com colaboradores ele anda com um dos principais assessores de Rubens Bueno, deputado federal e líder da agremiação. Ele acha que a candidatura vinga, mesmo porque, segundo diz, o eleitor paranaense está cansado de ver os mesmos nomes e grupos na disputa há muito tempo e, com o panorama político brasileiro do mesmo jeito – e pesado, há um espaço enorme a ser preenchido. A conferir.