Rogério Distéfano
A CÂMARA dos Deputados decidirá se a vaquejada pode continuar. A festa popular em que bovinos são maltratados por cavaleiros e peões está sendo discutida na comissão especial da vaquejada, onde 20 dos 25 integrantes não veem crueldade contra os animais. A coisa vai andar pelo Senado e depois Michel Temer decidirá se sanciona ou veta a lei, para ele sempre uma dúvida, mais cruel que a vaquejada. Enquanto isso, a câmara funciona a pleno vapor com o plenário da gatarada, que não sofrem maus tratos e são resistentes: têm imunidade, 14 vidas, as 7 de gatos e outras 7 de políticos.
O SENADOR JOSÉ SERRA deixou o ministério Temer para se tratar. “Problema de saúde”, segundo os jornais – os mesmos jornais que há anos escrevem “risco de morte”, abolindo o consagrado “risco de vida”. Não tem Enem para jornal.
“SE a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa-Família” – a campanha-ultimato do PMDB. Então que saia; assim teremos o “tchau PMDB”. O Brasil ganha mais livrando-se do PMDB que mantendo os programas sociais. Porque sem as mordidas do PMDB sobra dinheiro para os programas.
ENTÃO o Italiano das propinas da Odebrecht era ex-ministro Antonio Palocci! E a gente jurando que era Lula – afinal, ele tem passaporte italiano desde que Marisa Letícia fez a dupla cidadania.
TEM ESSA pesquisa da Gazeta que o ZB replica no blog, a da satisfação com o prefeito Rafael Greca. As classes pesquisadas estão a caminho da metade do alfabeto. Sessenta dias de mandato e o prefeito só agrada a uma pessoa, diria uma família, a dos Gulin, do patriarca Donato, seu comensal no Country Club (que os sócios tradicionais chamam “clube”, ou “Graciosa” e os que querem entrar ou só entram quando convidados chamam “cáuntri).
Os de cima são aquela gente sempre reclamona, os que chiam porque Greca tem gato e porque não tem gato. Tem sim, Greca chama Minha Carmelita de “gata”. Gostaram que ele lavou a rua XV e não gostaram porque não tirou a erva daninha das calçadas. A periferia não gostou do aumento da passagem de ônibus. Bem feito aos da classe D, que preferiram Greca a Ney Leprevost: este os transportaria de Über.
Os pesquisadores não apareceram aqui em casa. Aparecessem, Greca levaria dois pontos de aprovação, um na minha pessoa física, outro na jurídica. Aprovo Greca por um motivo muito pessoal, não levado em conta na pesquisa: ao contrário da expectativa geral, ele não está falando muito – gostaria de dizer que está falando pouco. Sonho com o dia em que será como Gustavo Fruet, quieto como uma carmelita descalça. Atenção. Carmelit