8:03Pensando bem…

Rogério Distéfano

BENEDITO VALADARES, político que iniciou carreira na ditadura Vargas e veio até a ditadura militar, foi prefeito, senador, interventor e governador nomeado de Minas Gerais. Ficou na História como uma de tantas raposas mineiras e homem inculto e iletrado.

Em um de seus ‘Folclore Político’, Sebastião Nery conta que quando interventor Benedito recebeu a estatística dos acidentes ferroviários no Estado. O dado crucial: o maior número de vítimas ocorria no último vagão dos trens. Benedito chama o secretário e ordena: “faça decreto proibindo o último vagão”.

Inteligente, Benedito cultivava a imagem de matuto. Cometo injustiça ao compará-lo com Major Olímpio, deputado federal pelo SD paulista, que atirou rápido para proteger o Brasil de juízes como Gilmar Mendes, no caso crucial da suspeição do ministro levantada pelo procurador geral da República.

Rodrigo Janot, o procurador geral, quer Gilmar afastado da relatoria do habeas corpus de Jacob Barata Filho, empresário de ônibus do Rio, preso duas vezes por ordem de juiz federal e duas vezes libertado por Gilmar. É que o ministro foi padrinho de casamento da filha de Barata com sobrinho da mulher de Gilmar.

Major Olímpio atravessou projeto de emenda constitucional para proibir juízes de apadrinhar casamentos. Mirou na constituição e abateu a maior das deformações da magistratura, o juiz padrinho de casamento. Penduricalhos, auxílios, rombo no teto remuneratório são fichinha para Major Olímpio.

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