Luiz Antonio Solda estreou em Itararé, São Paulo, há 65 anos. Ele nunca saiu de lá, apesar de estar aqui. Graças a Deus. Solda tem problema de audição, mas ouve tudo. Solda tem problema de dicção, mas fala muito bem o que tem de ser falado. Ele é tímido, inseguro e paranoico, por isso mesmo um ser humano normal. Se deixa você chegar perto, é paixão para o resto da vida. Porque ele não tem segredo e ao mesmo tempo é segredo – e fica por isso mesmo. Um poeta que faz rir, chorar e pensar, seja numa estrofe, numa frase, no balão de charge ou apenas no traço inconfundível do grande cartunista que é desde que apontou o primeiro lápis. Lá no Bacacheri ele se esconde e se expõe, ao mesmo tempo. Tem a proteção da Vera, dos filhos e do neto, que chegou para bagunçar mais o coreto – porque foi assim que o avô ensinou bem antes de ele nascer. Num país como o nosso, esculhambado, é Solda para sobreviver – e o bom é que ele sempre diz: “Se não rir não tem graça”.
Assino junto. Duas vezes.
Também assino. E acrescento um forte abraço ao atual Barão de Itararé.
O Solda é Folda. (mil perdões, mas resistir, como hei?).
O sol do Solda é arte só. Abraço!
Vivas ao Solda e seu grande coração.
Três vivas pro Soldinha!