DIÁRIO DA PANDEMIA
- Enquanto falta anestesia nos hospitais para as vítimas do Corona vírus nós, moradores deste condomínio, estamos todos anestesiados.
Levanto à noite para beber água. Vou até a cozinha: saio do quarto, atravesso o corredor, e tudo é silêncio. Um silêncio criminoso como se o país estivesse mergulhado em paz. Como se não estivéssemos em guerra.
Bebo meu copo d’água em silêncio. Cercado por um silêncio tão pesado que me vejo abandonando a proteção da trincheira, abrindo a porta e, à maneira de Caetano Veloso em “Araçá Azul”, gritando a plenos pulmões: “Silêncio! Silêncio!” – e só o silêncio responde. Todos estão anestesiados. Estão todos deitados. Dormindo profundamente.
- Procura-se Malária. Será condecorado como herói quem a encontrar. Temos grande estoque de comprimidos para tratamento dessa doença. Mostre que você é um bom brasileiro e pegue Malária. O Governo agradece.
- O pó oriundo da raspagem de chifre vacum do grande rebanho mocorongo não funciona no combate ao novo Corona vírus. Erguer a embalagem para que Deus possa ler o que está escrito na caixinha me parece também coisa chegada a uma mocoronguice.
FRASES QUE FIZERAM HISTÓRIA – Ao contrário de “Senta a pua” e “A cobra vai fumar’, a expressão “Calma que o Brasil é nosso” não foi criada por um brasileiro.
O número de mortuário nós revelam que às ações do governo, se há ações, no combate a expansão do maledeto. Bilhões são gastos com fórmulas comprovada ineficaz, quando o certo seria ter o controle de quantos já foram contaminados.
O óbvio não se aplicam: primeiro é preciso conhecer às concentrações por meio de testes em massa , e para uma ação efetiva e eficaZ. Sair distribuindo medicamento por decisão do senhor Presidente, sem fundamento ou respaldo médico, é exercer ilegalmente uma atribuição sem a devida habilitação
Como diz de médico e de louco todos temos um pouco, mas, existe mais de louco e espertos com dinheiro alheio.