Poeta, profeta, pateta. O som das palavras me espeta. Não navego no ego da escrita porque a maioria faz isso. Mesmo o careca de saber que é uma besta. Mas ele sabe escrever e vê publicado. Na nova bíblia, a do estafeta que preside. Eca! Vai dar merda; estou andando porque sempre fui perdido. No caminho que nunca é reta, pois se fosse cravaria a baioneta na costela. E sairia por aí à procura de um esteta. Para quê? A pintura que não chegaria aos pés de Romário na Copa de 94 depois do passe de Bebeto. Nenhum bailarino do mundo faria aquilo, o tempo, o voo, o peito do pé beijando ela, a esfera, para ser abraçada pela rede depois que Pelé disse love, love, love. O que será que não tenho? Sou pateta, sou profeta – e poeta. Para mim mesmo, porque não abro a janela e muito menos o cofre. Carrego. É pesado. Afundo para emergir. Talvez seja isso.