Donald e os sobrinhos no retorno pela Editora Culturama
por Célio Heitor Guimarães
Para aqueles que andam desanimados com as lamentáveis trapalhadas no Senado Federal e a falta de ação do capitão-comandante, uma notícia animadora: Donald, Mickey, Pateta, Patinhas e toda a fauna disneyana está voltando ao Brasil. Por obra e graça de uma pequena editora gaúcha. Sim, a gauchada resolveu pegar a laço a turminha dispensada em julho de 2018 pela poderosa Abril, já então em fase de franca decadência. Se ainda terá leitores, só o tempo dirá.
Fundada em 2003, na cidade de Caxias do Sul (RS), a Editora Culturama não publicava quadrinhos. Apenas álbuns com personagens não apenas de Walt Disney, mas da Marvel, da Lucasfilm e de Maurício de Sousa. Agora projeta publicar, num primeiro momento, cinco revistas mensais com os heróis de Disney, todas com material inédito. As edições do Pato Donald, Mickey, Tio Patinhas, Pateta e Aventuras Disney iniciarão do número zero.
Fábio Hoffmann, diretor da Culturama, diz que, ao zerar a numeração, objetiva marcar esse novo momento pelo qual estão passando as HQs. Em declaração ao site Planeta Gibi, salientou: “Sabemos que esse produto tem uma tradição e não vamos acabar com isso. Convidamos o Paulo Maffia, ex-editor da Abril, para fazer parte da equipe, pois ele tem conhecimento e experiência. Nossa ideia é manter os pontos positivos das revistas que eram produzidas e acertar os pontos negativos”.
Segundo Hoffmann, ser responsável pela publicação das histórias em quadrinhos Disney é muito importante para a empresa e um grande desafio a ser enfrentado: “Queremos colocar os quadrinhos em mercados alternativos, onde nossa editora já atua, além das bancas de jornais, como papelarias, lojas de preço único, bazares e supermercados”.
As primeiras edições sairão em março. O tradicional formatinho será mantido. E a produção virá da Itália e da Dinamarca, já que a produção dos quadrinhos Disney foi interrompida há algum tempo nos Estados Unidos. A Culturama, no entanto, não esconde a intenção de também ter uma produção própria, tal qual acontecia com a Abril paulista.
Ainda não se sabe se haverá a continuidade das edições em formato livro, como as coleções Carl Barks, Os Anos de Ouro do Mickey e Biblioteca Don Rosa.
Em 15 anos no mercado, a Editora Culturama vem crescendo gradual e planejadamente. Já editou centenas de publicações entre títulos próprios e licenciados. Em 2018, passou a exportar seus produtos para outros países, com mais de 12 milhões de livros vendidos. Quer dizer, uma pequena casa editora, mas nem tanto.
Me lembro dos metralhas querendo tingir a lua de preto,agora temos uma família metralha querendo nos deixar vermelhos de vergonha.